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“Operação Ágata 3” apreende drogas e contrabando na fronteira com a Bolívia

Policiais Federais junto com o Exército fiscalizando ônibus com itinerário Corumbá/Campo Grande no posto da Receita Estadual (Fotos: Viviane Oliveira)

A operação conjunta das Forças Armadas Brasileiras Ágata 3, que começou no último dia 22 nas regiões de fronteira com o Peru, Bolívia, e Paraguai, apreendeu drogas, produtos contrabandeados, prendeu traficantes e acusados de aplicar o golpe do seguro – pessoas que vendem o próprio carro na Bolívia e fazem queixa de roubo no Brasil para receber o ressarcimento da seguradora.

A informação é do major da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira de Corumbá, Denis de Miranda. Segundo ele, o objetivo da operação é combater o crime na faixa de fronteira.

“A Operação não tem prazo para acabar, no final será feito um balanço e divulgado a quantidade de apreensões que foram feitas”, disse Denis.

A iniciativa da ação é do Ministério da Defesa em conjunto com as Forças Armadas Brasileiras que tem o apoio de órgãos federais e estaduais.

Ainda integram a ação Polícia Federal, Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), SRF (Secretaria da Receita Federal), PRF (Polícia Rodoviária Federal, Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e Funai (Fundação Nacional do índio).

A terceira edição da operação abrange a faixa de fronteira dos Estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

No Estado, os militares estão instalados em bases de municípios como Corumbá e Ladário. Eles atuam na fronteira com a Bolívia, e em estradas vicinais que ligam o assentamento Taquaral e Urucum que dão acesso a BR-262.

Segundo o tenente Denis, os militares contam também com o apoio da população, que ajuda a operação fazendo denúncias. “As pessoas gostam e aprovam o trabalho em conjunto”.

O boliviano Horlando Galeano, 34 anos, disse que esse tipo de ação traz mais tranqüilidade e segurança para a família. Seu veículo foi barrado para vistoria quando entrava em Corumbá.

O agente tributário estadual Rafael Ferreira de Brito ressalta que qualquer mercadoria que entrar no Estado sem nota fiscal é contrabando. “As pessoas tentam burlar o posto da Receita Federal que fica na fronteira, quando chegam aqui os produtos são apreendidos por falta de documentação”, afirmou.

Conforme Rafael, o trabalho em conjunto com outras forças consegue inibir muito mais a entrada e saída de produtos ilícitos no Brasil.

Helicóptero da Marinha pousando no navio Parnaíba no rio Paraguaio. A aeronave também poderá será usada na operação, que está em andamento

Marinha do Brasil na Operação

A operação também conta com a Marinha do Brasil em Ladário. Militares da Marinha estão integrados a um efetivo de quase 7 mil homens das Forças Armadas responsáveis pela fiscalização no rio Paraguai.

Neste período, a Marinha utiliza os navios de assistência hospitalar em ações cívicas sociais direcionadas a populações ribeirinhas. Eles levam atendimento médico, odontológico, distribuem medicamentos gratuitamente e aplicam vacinas.

Nome da operação

De acordo com a Marinha, toda ação conjunta que envolve as forças armadas e os demais órgãos de segurança é dado o nome de pedras preciosas. Por causa disso a operação foi batizada de Ágata que é um tipo de quartzo.

A operação já está na terceira edição, Ágata 1 foi na região Norte e Ágata 2 na região Sul e Centro-oeste. As duas também foram este ano e teve o mesmo objetivo de combater o crime nas regiões transfronteiriças. (CG News)

 

Por: Da Redação

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