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MS utiliza técnica de fertilização para tentar conservar raça bovina

Animal do rebanho da fazenda Santo Augusto

Está sendo bem-sucedida a iniciativa de tentar multiplicar o rebanho de bovinos Pantaneiros do núcleo de criação da fazenda Santo Augusto, no município de Rochedo (MS), utilizando técnicas de aspiração folicular (OPU) e fertilização in vitro (FIV). Pela primeira vez essa técnica está sendo utilizada nessa raça local brasileira, que está ameaçada de extinção.

As atividades têm sido acompanhadas pelos pesquisadores Ériklis Nogueira e Raquel Soares, da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e conta com apoio de Universidades e a participação de empresas privadas.

Ériklis explica que a técnica consiste em aspirar ovócitos das vacas (que corresponderiam aos óvulos da mulher) e fazer a fertilização in vitro com sêmen de touros da raça Pantaneiro. Após a fecundação, o embrião é implantado em uma vaca receptora. “Essa técnica nunca havia sido utilizada no Mato Grosso do Sul em animais desta raça”, afirmou ele. Foram aspiradas sete vacas, adquiridas pela fazenda Santo Augusto, já em idade avançada.

De acordo com o pesquisador, naturalmente uma vaca gera um bezerro por ano. Se a técnica for repetida e mantida, esse processo pode ser acelerado e existe potencial para se gerar um número maior de bezerros. Por tratar-se de uma raça taurina, espera-se que animais da raça Pantaneiro produzam menos ovócitos do que as zebuínas, porém “para a conservação da raça, a técnica é viável”, disse Ériklis.

 

Por: Da Redação

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