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Operação Mensalinho: Ministro do STJ revê decisão e libera vereadora Lilia

Vereadora Lilia destaca no plenário que a Rodoviária é uma reivindicação antiga da população ladarense (Foto: Pérola News)

O ministro Ribeiro Dantas, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), reconsiderou decisão expedida há oito dias e concedeu liminar nesta quarta-feira (13) para que a vereadora Lilia Maria Villalva de Moraes Silva (MDB), de Ladário, presa preventivamente em 26 de novembro de 2018 ao lado de outros seis vereadores, do prefeito Carlos Ruso (PSDB) e do ex-secretário de Educação, Helder Paes, durante operação que investigou suspeitas do pagamento de um “mensalinho” a integrantes da Câmara Municipal.

A decisão de Dantas foi divulgada pelo STJ sem detalhes sobre os motivos que o levaram à reconsideração –a reportagem também não conseguiu contatar os advogados de Lilia. Em 8 de fevereiro, a vereadora teve negado pedido de seus advogados para concessão da liminar, sob a alegação de que não foi apontada ilegalidade na prisão ou mesmo inclusão de novos fatos no processo.

O STJ também já foi acionado por outros investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que tiveram pedidos de liberdade negados pela Justiça Estadual. Entre eles Carlos Ruso, afastado de suas funções e que, em dezembro, viu Dantas também rejeitar sua liberação; e os vereadores André Franco Caffaro (PPS), Augusto de Campos (MDB) e Osvalmir Nunes da Silva (PSDB).

Mensalinho

A operação do Gaeco deflagrada em novembro do ano passado em Ladário apurou a existência ade pagamentos feitos por Ruso a vereadores em troca de apoio político, em valores entre R$ 1,5 mil e R$ 3,5 mil, conforme informou à época o procurador-geral de Justiça, Paulo Passos, que foi ao município acompanhar as investigações.

Suspeita-se que as propinas vinham sendo pagas há mais de um ano. Os presos foram trazidos para o Presídio de Trânsito de Campo Grande, depois transferidos para o Centro de Triagem – Lilia foi levada para o Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, também na Capital.

Também foram presos os vereadores Vagner Gonçalves (PPS), Agnaldo dos Santos Silva Junior (PTB), André Caffaro, Augusto de Campos, Paulo Rogério Feliciano Barbosa (PMN) e Osvalmir da Silva.

Em virtude das prisões, que atingiram mais da metade do Legislativo ladarense, foi necessário convocar os suplentes para que a Câmara continuasse a trabalhar. Os vereadores Fábio Peixoto Gomes (PTB), Daniel Benzi (MDB) e Jonil Barcelos (PMN) colaboraram com as investigações do Gaeco.

Com a prisão do prefeito, o vice, Pastor Iranil Soares (PSDB), assumiu a administração de Ladário. No momento, tramitam no Legislativo processos visando a cassação dos vereadores investigados e de Carlos Ruso. (Reportagem Campo Grande News)


 

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