Ladário

Marinha envia helicóptero e resgata ribeirinho no Pantanal

Helicóptero Esquilo pousou na Base Naval ao anoitecer, trazendo ribeirinho (Foto/divulgação)

 

Helicóptero Esquilo pousou na Base Naval ao anoitecer, trazendo ribeirinho (Foto: Divulgação)
Ambulância UTI do 6º DN levou pantaneiro para o Hospital de Caridade (Foto: Divulgação)

Uma viagem que poderia durar até quatro horas em uma lancha voadeira da região do Paiaguás até a cidade, pelo rio Paraguai, se resumiu a 15 minutos de vôo de helicóptero. Assim uma operação da Marinha resgatou nesta segunda-feira Leandro de Oliveira Rosa, de 26 anos, ribeirinho que mora no sítio São Bento, na Colônia Corixão. Com fortes dores por todo o corpo, que o levava a ter convulsões, desmaios seguidos e vômitos, o pantaneiro foi resgatado por uma equipe militar no helicóptero Esquilo do 4º Esquadrão (HU-4) da Marinha, pilotado pelo capitão Marco Motizuki. O ribeirinho foi internado com diagnóstico de pneumonia no Hospital de Caridade, em Corumbá. “Não fosse o resgate de helicóptero, eu poderia até ter morrido, porque as dores eram muito fortes e o caminho de voadeira seria muito demorado”, afirmou Leandro, na noite de terça-feira, já no leito do hospital.

O resgate se deu no limite das condições de operação, porque já era quase noite e as coordenadas fornecidas pela família não conferiam com a localização, segundo os militares. “Na primeira tentativa, não foi possível localizar o sítio e o helicóptero teve de retornar para abastecer”, explicou o capitão-de-mar-e-guerra Alexandre Carvalho de Alencar, Chefe do Estado-Maior do 6º Distrito Naval de Ladário. “No segundo sobrevoo, localizamos o alvo para pouso no Pantanal por meio de um foco de fumaça de uma queima feita pelos familiares e amigos do rapaz”, acrescentou.

Leandro contou com a sorte. Quando a aeronave pousou na base do 6º Distrito Naval já era quase 20h e o tempo para o resgate estava prestes a acabar, pois o helicóptero não voa à noite. A operação durou cerca de uma hora e meia. O pedido de socorro foi feito por um dos familiares da vítima, Teodoro Souza Arruda, que primeiramente acionou o Corpo de Bombeiros, que não conseguiu providenciar o resgate pela distância da fazenda e por falta de aeronave.

Uma solicitação então foi feita ao prefeito de Ladário, José Antonio, que imediatamente acionou sua equipe de governo e pediu que o comandante Jorge de Castro, secretário de Desenvolvimento Integrado, intercedesse junto à Marinha. O pedido foi feito e imediatamente o 6º Distrito Naval colocou à disposição um helicóptero Esquilo, com piloto, médico e maca, além de mobilizar outra equipe militar em terra, incluindo uma ambulância UTI com médico e enfermeiro.

DEFESA CIVIL

Assim que aeronave pousou na base, Leandro foi colocado em uma maca e transportado até a ambulância que já o esperava à beira da pista, para dali seguir direto para o Hospital de Caridade de Corumbá, onde foi examinado, medicado e internado. “Foi uma operação cercada de sucesso e que mais uma vez mostrou a importância da parceria entre a Prefeitura e a Marinha”, destacou o secretário Jorge de Castro. “A Marinha mostrou que está sempre ao lado da população ladarense”, enfatizou o prefeito José Antonio.

O comandante Alexandre Carvalho de Alencar explicou que uma das atribuições da Marinha é, sempre que for solicitada, atuar em situações de emergência a serviço de vidas humanas no sistema nacional da Defesa Civil. Como era inviável para o Corpo de Bombeiro realizar esse tipo de resgate, o comandante imediatamente ordenou a operação. “Temos realizado frequentemente ações em parceria com a Prefeitura de Ladário”, ressaltou, lembrando a recente Operação Ladário Limpa e Sem Dengue, para a qual a Marinha cedeu 40 militares, ônibus e caminhão. (Nelson Urt/Assessoria de Imprensa da Prefeitura)

 

Por: Da Redação