Ladário

Levando “doses” de alegria e muita troca de experiências alunos do PA 72 visitam Asilo São José

Crianças do PA 72 levaram alegria durante visita aos idosos do Asilo São José

 

Crianças do PA 72 levaram alegria durante visita aos idosos do Asilo São José

Antes a terceira idade era uma fase da vida, na qual muitos idosos acabavam desistindo de viver. Motivos que os levam a pensar que já contribuíram com largas experiências para aqueles que hoje, estão em plena atividade, os jovens. Porém hoje, nessa idade, é que existe uma preocupação de elevação tanto na qualidade de vida, como aumento da autoestima de cada um deles.

Levando carinho, respeito, admiração, amor e muita alegria, os 35 alunos da Escola Extensão Rural Maria Ana Ruso, localizada no Projeto do Assentamento 72, acompanhados de seis professores, realizaram na tarde desta terça-feira, 23 de setembro, uma visita aos 80 idosos do Asilo São José, existente há mais de 60 anos na cidade de Corumbá.

A visita, além de proporcionar momentos de descontração, teve o intuito de colocar em pratica algumas ações desenvolvidas, por meio do Projeto “A escola da zona rural trabalhando as diferenças na terceira idade”, desenvolvido pela professora Laurilene Oliveira Pereira, junto aos estudantes, que também está incluído no Prêmio Professor Destaque, representando Ladário.

“Desde o inicio comecei a perceber uma preocupação dos próprios alunos com o público da terceira idade. A maioria aqui convive com pessoas idosas, o que se tornou mais fácil. Nós focamos nos trabalhos de respeito e convivência, proporcionando momentos de descontração e acima de tudo troca de experiências com essas pessoas. São jovens preocupados com o futuro, uma geração que também quer fazer algumas coisa em retribuição a essas pessoas”, disse Laurilene.

Emocionada com os gestos de amor e amizade, bem como a apresentação com a canção Família, Luzia Cavassa (70), falou que se senti muito abençoada por receber “seres puros”, que trazem a bondade no sorriso. Ela está se recuperando de uma cirurgia e que isso, foi o melhor remédio até então para a sua melhora.

“Uma verdadeira festa dentro do nosso coração. Nada melhor do que a companhia de crianças com belos sorrisos e acima de tudo trazendo a inocência e sinceridade estampados no rosto. Um dia fui assim, hoje, não reclamo, caí aqui neste lugar, minha família. Da vida, nada levamos, apenas aprendemos que somar com os nossos sentimentos bons é o que realmente vale a pena. Esse foi o remédio que faltava para melhorar”, contou Cavassa.

A todo momento os gestos se repetiam, crianças tomando bênçãos dos idosos. Entre elas a estudante Gabriele Jesus Viana (14), abraçava e beijava cada um dos internados, momento o qual, de acordo com ela, jamais esquecerá e que daqui pra frente continuará fazendo, seja dentro ou fora do Asilo.

“São pessoas que viveram e fizeram muito para que hoje estivéssemos aqui. O respeito mutuo e acima de tudo a nossa alegria se trona dose de satisfação, dever cumprido. Tenho meu avô, e sei que vou começar a olhar ele ainda mais. Nós jovens, amanhã idosos, tudo nessa vida passa. Nada e para sempre”, falou a jovem.

Uma dose de carinho faz bem

Alegre com a visita dos alunos da Rede Municipal de Ensino, a presidente do Asilo São José, Cerize Delfina de Campos, não desgrudou os olhos das crianças e nas atitudes de cada uma delas. “Visitas como essas nos ajudam e muito. Digo isso, porque um sorriso estampado no rosto de cada um deles aqui, transmite o verdadeiro sentimento, amor pelo próximo”, argumentou.

Segundo ela, são de pessoas assim, que a instituição necessita de apoio, e convida à todos para uma visitação, “muitas vezes, doses de alegria e uma boa conversa é a melhor coisa que pode acontecer. Alguns necessitam de um bom bate-papo e um pouco de atenção. Por isso vir nos visitar também é uma contribuição”, explicou.

O Asilo São José, foi fundado em 20 de junho de 1.943 pela Liga das Senhoras Católicas da Diocese de Corumbá, amparando os vovôs e vovós que vivem na região. Além disso, o local também serve como moradia para os bolivianos que necessitem da ajuda da instituição, que foi comandado por dona Julieta Marinho, por mais de 40 anos.

 

Por: Da Redação