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Leishmaniose: Saúde começa bloqueio no Nova Aliança

Ladário (MS) – A segunda vítima de leishmaniose este ano em Ladário, uma menina de 3 anos, teve alta do Hospital de Caridade de Corumbá (HCC), onde estava se tratando, e já está em casa. Ela está fora de perigo e a família vai ter que tomar cuidados redobrados, já que esta é a segunda vez que a menina contrai a doença, a primeira, foi em julho do ano passado.

Nesta segunda feira, começaram as ações de bloqueio em nove quadras ao redor da residência da vítima (Foto: PML)

“Ela fez todo o tratamento aqui em Ladário, a ambulância vinha, pegava aqui em casa, levava e depois trazia”, disse a avó da menina que não teve o nome revelado. “Só que, desta vez, ela foi e teve que ser levada imediatamente para Corumbá, onde ficou internada. Graças a Deus agora já está aqui em casa”, afirmou.

“Estamos fazendo a investigação, infelizmente, é um problema natural da cidade que tem uma vegetação muito densa. O quintal da família, que mora no bairro Nova Aliança, não tem cães, então precisamos saber onde foi que ela contraiu a doença”, disse Keyla Brito, gerente de Saúde do município.

Keyla também informou que, nesta segunda feira, começaram as ações de bloqueio em nove quadras ao redor da residência da vítima, e que amanhã, terá início o estudo entomológico, que é a captura de mosquitos, que será feita em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses de Corumbá. “Esse estudo é que vai indicar como está a infestação do mosquito Palha no local e deve facilitar o levantamento de informações”, explicou.

Depois do estudo entomológico, será feita borrifação com veneno, de acordo com a infestação, para diminuir a população do Flebotomo, que é chamado de Mosquito Palha, transmissor da Leishmaniose. Mas, apesar disso, a população é responsável por fazer o controle, através da limpeza dos quintais e da diminuição da população canina do município, hoje estimada em cerca de 5,5 mil cães.

Na terça feira também, será feito o inquérito canino, que vai levantar quantos cães, na região, estão infectados pela doença. O exame de sangue é feito na hora e o animal doente é encaminhado para o Núcleo de Controle de Zoonoses (NCZ), onde será sacrificado. No Alta Floresta, onde um menino de 2 anos pegou a doença este ano, 70% dos cães da área de bloqueio estavam com leishmaniose.

O maior problema é que a população não tem ajudado no controle das doenças. Os quintais sujos, com folhas ou frutas acumuladas, são propícios para a proliferação do mosquito Flebotomo, que transmite a leishmaniose. O excesso de cães perambulando pelas ruas também é apontado como outro agravante, já que o cachorro é o hospedeiro da doença e, através dele, os mosquitos vão passando o vírus tanto para cães, quanto para humanos. (Assessoria de Imprensa-PML)

 

Por: Da Redação

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