A FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e os seus 71 SIMTED’s (Sindicatos Municipais dos Trabalhadores em Educação) realizarão um grande protesto no próximo dia 18 de outubro, em Campo Grande, na Praça do Rádio Clube.
De acordo com o presidenta do SINTEL (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Ladário), professora Thânia Nazarete Colombo Ramires, o ato será contra a ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) n° 4848, impetrada pelo atual governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) e mais cinco governadores brasileiros, que possuem o intuito de derrubar o artigo 5º da ‘Lei do Piso’, que concede reajuste aos profissionais conforme o custo-aluno. Caso seja aprovada, o cálculo será feito através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), bem abaixo do conquistado pela categoria e em 10 anos os professores brasileiros estarão ganhando um salário mínimo.
“Nesta semana estaremos passando nas escolas Leme do Prado e 2 de Setembro, ambas da rede estadual localizadas no município ladarense, para explicar a importância da paralisação das aulas no dia 18, com intuito de darmos força ao movimento que acontecerá nesta data em Campo Grande”, explicou a presidenta.
Thânia ainda informou que rede estadual de ensino de Ladário será representada por uma comitiva de professores e servidores, que estarão viajando no dia 17 de outubro, para reforçar o movimento, “estamos apenas lutando pelos nossos direitos, já garantidos”.
O movimento contará com a participação da direção da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e os sindicatos da educação pública da região centro-oeste, o SIMTEP (Mato Grosso), o SINTEGO (Goiás), o SINPRO (Distrito Federal) e o SAE (Distrito Federal). A direção da Federação também convidou representantes da CUT Nacional (Central Única dos Trabalhadores), dirigentes sindicais de todo o Mato Grosso do Sul e em nível nacional as entidades ligadas à educação.
Além do protesto contra a ADIN n° 4848, a FETEMS e os SINTEDs cobram a unificação da carreira dos professores e administrativos em educação de MS, “já estamos lutando por essa unificação há tempo, pois para que os administrativos tenham um reajuste salarial mais digno é necessário que sejam reconhecidos como educadores”, finaliza Thânia.
Por: Douglas Assad Arruda