O município de Ladário, receberá nos dias 16, 17 e 18 de maio, o projeto Cine Sesi Cultural, que tem como intuito, levar cinema de graça para os moradores das cidades do interior do Mato Grosso do Sul, onde não têm salas de exibição de filmes. E o palco para toda essa estrutura será a Avenida 14 de março, esquina com a rua Riachuelo, Centro da cidade. Todos poderão desfrutar de um espaço totalmente cômodo.
O evento, que está em sua 4° temporada e já atendeu um público de quase 200 mil pessoas em três edições realizadas em Mato Grosso do Sul, traz para o município pantaneiro filmes nacionais e estrangeiros que vai do romântico a comédia e até mesmo desenho animado, como o Bem Amado; Colegas; Enrolados.
De acordo com a diretora-presidente da Fundação de Cultura, Wanessa Rodrigues, essa é uma oportunidade de levar cinema de graça para os moradores proporcionando cultura e entretenimento.
“Essa não é a primeira vez que Ladário receberá o Cine Sesi, a edição passada trouxe para a cidade momentos de emoção. Os moradores poderão mais uma vez, poderão manter viva a cultura do cinema em nossa cidade. Esse projeto, não só de responsabilidade cultural, como também social, contribui para divulgar as ações da nossa cidade”, diz.
Além dos filmes
Com a vinda do Cine Sesi, os moradores, além dos filmes, puderam participar no mês de abril, de uma Oficina de Cinema “Stop-Motion”. “História de pescador”, foi o que nasceu durante a oficina. Durante o Cine Sesi, o curta metragem também será exibido.
O projeto, realizado pelo Cinse Sesi Cultural em parceria com a Prefeitura de Ladário, por meio da Fundação de Cultura, teve como objetivo ensinar aos inscritos todo o processo de criação, planejamento e produção de um curta de animação, com aproximadamente dois minutos de duração.
Como resultado da oficina ministrada pelas professoras Nara Normande e Renata Claus, e coordenada por Enzo Giaquinto, o curta de animação “História de Pescador” foi produzido para contar a história de um pantaneiro que pescava nas águas do rio Paraguai quando fisgou um berrante. Durante a pesca, ele começou a ter alucinações, devido a uma insolação proveniente do calor que aqui se instala.
Para a produção do curta de animação, foi feito um processo de “tempestade de ideias”, onde os alunos falavam várias histórias e imagens que vinham à cabeça a respeito da cidade e região. Surgiram ideias sobre o pescador, o rio, o gado. Com a junção de todas as ideias e um enredo formado, veio a elaboração e finalização da animação.
“Os alunos estavam bem interessados. Na história do curta, abordamos assuntos sérios de uma forma engraçada”, explicou Nara. O curta-metragem será apresentado na abertura da exibição de filmes do Cine Sesi, no dia 16 de maio.
Foram utilizadas várias caixas de massinha de modelar, palitos, papel machê e arame. A cada pequeno movimento, uma nova foto era tirada para a criação. Após tudo ser capturado pela lente de uma máquina fotográfica de alta qualidade, as imagens foram encaminhadas a um programa editor de vido, onde ganharam vida.
“Os alunos conseguiram aproveitar bem todos os dias da oficina. Acredito que a turma foi privilegiada. É a primeira vez que venho aqui. Achei a experiência muito legal”, disse Renata.
Na visão dos alunos, não foi diferente. Todos deram o mesmo argumento de um bom proveito na oficina. O que chamou mais atenção foi o fato de algum dos integrantes se interessarem em aplicar esse aprendizado na profissão que já exercem há anos. Como no caso de Ana Fogtman, coordenadora de projetos culturais em uma empresa privada: “A oficina é bem completa. Ensinou várias técnicas bem atuais de animação. Além da edição do curta, ensinou também a confecção dos bonecos. Isso faz com que a gente consiga concretizar alguns projetos que já tinha em mente e agora se torna mais viável”.
E não é apenas no campo artístico que isso acontece. A oficina promete influenciar, também, no âmbito educacional. “A oficina do Cine Sesi veio em um horário oportuno para nós. Eu, como professor, estava precisando dessa novidade. Isso veio acrescentar ao meu conhecimento, e agora farei um trabalho voltado à animação”, afirmou o professor Antônio Celso Mello dos Santos, um dos alunos inscritos na oficina.
Ainda conforme o professor, trabalhar com essas praticas em sala de aula, fará a diferença para os alunos, “vou usar o curta de animação para dar aulas de geografia”, finalizou.
Filmes em cartaz
O Bem Amado – Baseado na obra de Dias Gomes, O Bem Amado conta a história do prefeito Odorico Paraguaçu, que tem como meta prioritária em sua administração na cidade de Sucupira a inauguração de um cemitério. De um lado é apoiado pelas irmãs Cajazeiras. Do outro, tem que lutar contra a forte oposição liderada por Vladmir, dono do jornaleco da cidade. Por falta de defunto, o prefeito nunca consegue realizar sua meta. Nem mesmo a chegada de Ernesto – um moribundo que não morre – e a contratação de Zeca Diabo, um cangaceiro matador, lhe proporcionam a realização do sonho. Odorico arma situações para que alguém morra, mas o primeiro corpo a ser sepultado em Sucupira será o do próprio prefeito, que de caçador se torna caça e passa de vilão à mártir.
Colegas – Os colegas Stalone (Ariel Goldenberg), Aninha (Rita Pokk) e Marcio (Breno Viola) vivem em um instituto para pessoas com síndrome de Down e querem realizar seus sonhos: ver o mar, casar com um cantor e voar, respectivamente. Inspirados em filmes que assistiram, eles roubam o carro de Arlindo (Lima Duarte), partindo para o interior de São Paulo, destinados à Argentina, Buenos Aires. Procurados pela polícia, assaltam com uma arma de brinquedo lojas de conveniências em postos de combustíveis na estrada. Dois policiais tentam contê-los, já que eles são considerados bandidos perigosos.
Enrolados – Rapunzel, a princesa que foi raptada do castelo de seus pais quando bebê é mantida presa em uma torre e sonha com aventuras. Agora uma adolescente determinada e criativa, ela realiza uma fuga de arrepiar os cabelos com ajuda de um ousado bandido.
Por: Da Redação