Ladário

Ladário intensifica ações para combater a dengue e encerra o ano com 231 casos confirmados

Ações contra a dengue devem começar já no início de janeiro de 2014

 

Ações contra a dengue devem começar já no início de janeiro de 2014
Equipe realizando trabalhos de prevenção contra a dengue

Devido o período de chuva nessa época do ano e o forte calor, período propicio para a proliferação do mosquito da dengue, doença séria e que pode matar, a prefeitura de Ladário, através da Secretaria Municipal de Saúde, vem desenvolvendo ações para prevenir e combater o mosquito Aedes Aegypti. Os trabalhos acontecem mensalmente e no mês de dezembro, junto com a Secretaria Municipal de Obras em parceria com a Marinha do Brasil, foi realizado um mutirão de limpeza nos bairros da cidade. O município encerra 2013, com 1037 casos notificados e 231 casos confirmados.

Os bairros que receberam uma atenção maior foram o Boa Esperança, Conjunto Seac, Alta Floresta I e II, Nova Aliança e Almirante Tamandaré- COHAB. Ao todo, as equipes do Núcleo de Controle de Zoonoses, Secretaria de Obras e Marinha do Brasil, conseguiram retirar 12 caminhões carregados com materiais que poderiam servir de criadouros para o mosquito da dengue, como garrafas, latas, pneus e até mesmo sofás, fogões e geladeiras. Conforme o Secretário de Saúde, Cleber Colleone, os trabalhos devem continuar já no início de 2013, porém, é necessário que a população faça a parte dela.

“Não adianta ações preventivas da prefeitura se a população não colaborar. É indispensável à conscientização de cada morador. Volto a afirmar, o mosquito da dengue é doméstico, ele está dentro de casa, no quintal, ou seja, com terrenos limpos e não deixando água parada em recipientes, nos ajuda a evitar uma epidemia e até mesmo a morte de pessoas. É importante cada morador dedicar, nem que seja 10 minutos por semana para verificar se existem criadouros em suas casas. Devemos olhar ralos de banheiro, cozinha, tanques, caixas d’água, bebedouros de animais domésticos entre outros recipientes que possam acumular água”, afirmou.

Causas

Outra preocupação do município é com os terrenos baldios que tem seus moradores identificados e notificados para que possam realizar a limpeza, “mas esse é um processo que leva algum tempo e a prefeitura não pode fazer a limpeza de terrenos particulares, apesar de esta ser uma forte reivindicação dos moradores que têm vizinhos com esta situação”, falou o secretario de saúde.

Já a principal causa dos focos de mosquito da dengue, conforme a Secretaria de Saúde, é constante falta de água nos bairros, onde para tentar amenizar essa situação, os moradores acabam estocando água em reservatórios que servem em sua maioria, como criadouro do Aedes Aegypti.

“Essa é uma das nossas principais preocupações, apesar da nossa equipe estar levando a informação até os moradores, esse sem dúvida alguma é um risco. De cada 10 focos, podemos encontrar 09 nesses recipientes utilizados como criadouros do mosquito”, declarou Colleone.

Combate

Até mesmo um Plano Municipal de Combate à Dengue, foi elaborado e discutido com o Conselho Municipal de Saúde de Ladário, para determinar o plano de ação para este enfrentamento e um Comitê Municipal de Combate à Dengue, presidido pelo vice-prefeito, Sampaio Júnior, criado em janeiro de 2013, pelo Prefeito José Antônio Assad e Faria, realizou reuniões envolvendo diversos setores da sociedade civil, além de palestras de sensibilização nas escolas, com o objetivo de buscar envolvimento da comunidade escolar no combate à doença.

Como referência, a Saúde Pública trabalha com Semanas Epidemiológicas (SE) e em Ladário não há notificações do caso da doença desde a semana 48, o que corresponde o final de novembro e a semana 51- ( aproximadamente do dia 01 de dezembro até o dia 24).

“Mesmo com nenhuma notificação até o momento, o que nos deixa com certa tranquilidade, estamos totalmente em alerta para que não ocorra como em 2013, onde nas primeiras semanas do ano tivemos um número crescente de notificações. Vamos desde o início trabalhar nessas ações preventivas contra a dengue”, concluiu Cleber.

 

Por: Da Redação