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Ladário homenageia o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha

O machismo, o racismo e as desigualdades de gênero e social são marcas do colonialismo e problemas enfrentados em suas especificidades pela mulher negra na América Latina até os dias de hoje. Estas foram algumas das abordagens utilizadas pelo Professor Doutor Leandro Passos em sua palestra ministrada na noite de sexta-feira, 24 de julho, na Câmara dos Vereadores de Ladário.

O evento promovido pela Superintendência de Políticas Públicas para Mulheres e pela Gerência da Promoção da Igualdade Racial deu início às comemorações de 25 de julho, onde se é lembrado o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha.

Para o prefeito, José Antonio Assad e Faria, o espaço que a mulher negra ocupa na sociedade mostra o reconhecimento que elas ganharam com o tempo, “A promoção das políticas públicas voltadas as mulheres negras mostram o quanto elas são importantes e fazem a diferença, aqui na nossa cidade, por exemplo, nós temos o exemplo da Professora Creuza que diante as inúmeras dificuldades vividas venceu e hoje todos a conhecemos pela grande mulher que ela é, então, eventos como este, são válidos para que mais pessoas sejam reconhecidas e lembradas por sua coragem, capacidade e perseverança”.

A iniciativa também teve o apoio dos rondonistas do Projeto Rondon que estão em na cidade realizando ações sociais, junto à população. O grupo esteve presente aferindo a pressão e explicando sobre saúde saudável aos participantes. Já com o intuito de difundir ainda mais a cultura negra, algumas profissionais realizaram penteados específicos aos cabelos crespos, os mesmos foram apresentados a todo público, por meio de um desfile ao som de músicas latinas.

De acordo com o Gerente de Promoção da Igualdade Racial, José Raimundo, o evento foi idealizado para discutir políticas públicas, bem como, mostrar a realidade vivida pelos negros como um todo.

As comemorações se estenderam até o sábado 25 de julho. Durante toda a manhã, as pessoas puderam assistir a representações e declamações de poesias, ouvir músicas, apreciar artesanatos e saborear um delicioso prato típico da região. Na oportunidade, as mulheres negras que representam Ladário na luta pelos seus direitos e ideias foram homenageadas, cada uma, levou para casa uma obra de arte feita pelas alunas do curso de pintura em telha, promovido pela Secretaria de Assistência Social do município.

“Nós idealizamos o evento com muito carinho para discutirmos e compartilharmos as experiências vividas por nós mulheres negras. O público expressivo mostrou o interesse por nossas causas e isso nos deixa alegres, sabemos que podemos chegar ainda mais longe, e por isso, em agosto também realizaremos uma Conferência com o mesmo tema para traçarmos metas e conversar ainda mais sobre as públicas públicas voltadas ao nosso foco ”, comemorou a Superintendente de Políticas Públicas para Mulheres, Creuza Elizabeth da Mata.

A data

O 25 de julho como Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha foi escolhido em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana.

No Brasil, o 25 de julho foi instituído como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, após sanção da Lei nº 12.987/2014, pela presidente Dilma Rousseff. Tereza de Benguela viveu durante o século 18 e foi líder quilombola, tornando-se figura importante na resistência à escravidão. (Assessoria de Imprensa-PML)

 

Por: Da Redação

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