Olhar a comunicação como um dos componentes essenciais das ações de conservação é o diferencial da ferramenta de planejamento participativo e por isso a Secretaria Especial de Fomento ao Desenvolvimento Econômico em parceria com Fundação de Meio Ambiente, conselho Gestor da APA Baía Negra e a Fibracon realizaram na noite desta quinta-feira, 12 de novembro, a 2° oficina direcionada ao Plano de Manejo da região da Apa Baía Negra.
A 2° oficina teve como objetivo mostrar aos ladarenses o diagnóstico do Plano de Manejo, o que nada mais é que o resultado de um trabalho de campo, de pesquisas desenvolvidas em toda a Apa, bem como a junção dos resultados de tudo que foi encontrado dentro e nas imediações do local.
“É uma área definida por lei que possui atributos internos magníficos. O nosso trabalho visa preservar a diversidade ambiental e socioambiental. As nossas constatações foram divididas em três encartes com o intuito de especificar sobre cada parte da pesquisa”, disse José Milton Longo, membro da Fibracon, empresa que cuida do Plano de Manejo da Apa Baia Negra.
Criada pelo decreto 1.735 de 07 de outubro de 2010, a Área de Preservação Ambiental possui 5.500 hectares e 31.906,74 d perímetro. “Toda Unidade de Conservação necessita de um Plano de Manejo e por isso estamos aqui buscando com a população propostas de geração de renda e manejo, além de tudo o que vai poder ser feito na região, para serem discutidas e colocadas junto ao plano que está sendo realizado pela empresa Fibracom”, disse o Presidente do Conselho Gestor da Apa e Secretário Especial de Fomento ao Desenvolvimento Econômico, Jorge De Castro.
Na oportunidade foram apresentados todo levantamento de flora, fauna, socioeconômico , além de estudos específicos que mostraram a diferença entre a Baía Negra e a Baía do Arrozal.
O diagnóstico do Plano de Manejo foi dividido em tópicos, são eles: metodologia, aspectos físicos, relevo e biodiversidade. Outro destaque da apresentação foi a riqueza de flora encontrada em toda a Baía Negra. Espécies raras encontradas após 22 anos, ameaçadas de extinção, endêmicas, novas confirmadas em estudos recentes, chave importantes para a sobrevivência humana, invasoras como é o exemplo da Leucena que é uma leguminosa, exótica que merece tratamento diferenciado, bioindicadoras, alimentícias, iscas, aromáticas, medicinais e ornamentais.
“A intenção é criar propostas bem como trazer capacitações para os moradores para que eles estejam preparados para receber o turismo contemplativo, mostrar o artesanato local entre outras coisas e os técnicos da Embrapa, da UFMS e da empresa contratada estão ali junto com os moradores para ouvir todas as opiniões. O plano não é feito somente pela equipe técnica, eles fazem o levantamento e repassam para os moradores. Mais importante que os técnicos são as pessoas que vivem lá, por isso que todos precisam participar e se informar é o momento que a população tem para colocar suas ideias, dúvidas e propostas junto ao plano”, finalizou De Castro.
Nesta sexta-feira, 13 de novembro, serão discutidas questões relacionadas a perímetro territorial. A oficina terá inicio às 18 horas na Câmara de Vereadores de Ladário. (Assessoria PML)
Por: Da Redação