Ladário

José Antonio participa de audiência do relatório de impacto ambiental da Vetria

 

O prefeito José Antonio Assad e Faria, participou na noite desta quinta-feira (10) da audiência pública, que apresentou os estudos realizados sobre os impactos ambientais e sociais relativos à ampliação da atividade mineraria, da empresa Vetria, na região dos municípios de Ladário e Corumbá.

O evento, que foi realizado pela Secretária de Estado de Meio Ambiente, do planejamento, da Ciência e Tecnologia, por intermédio do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, possibilitou a população dos dois municípios o projeto do novo empreendimento, onde foram colocados os impactos positivos e negativos, as medidas mitigadoras e compensatórias dos programas ambientais propostos.

“A proposta da implantação da Vetria é um empreendimento que ajudará no desenvolvimento da região, porém, agora é preciso que haja cobrança, contrapartida e cuidados principalmente com o meio ambiente. Se existe problemas, é necessário que eles apresentem uma solução para estabelecer o compromisso”, destacou o prefeito.

Dentre as propostas a mineradora será a responsável pela criação, extração, transporte e comercialização de minério de ferro proveniente do Maciço do Urucum da região do Pantanal até o porto de Santos. Com a implantação, durante a fase de obras serão gerados 4,5 mil postos de empregos. Já na fase de operação da Mineradora, um mil empregos diretos estarão disponíveis, sendo estes, valorizando a mão de obra local da região, por 40 anos.

Além disso, a empresa será responsável em executar cursos de capacitação e qualificação profissional para criar condições de maximizar o ingresso da população local nos postos de trabalho criados pelo empreendimento.

Porém, os moradores da região do Assentamento Mato Grande e comunidade do Maria Coelho, em Corumbá, estão ociosos com a implantação da empresa. Eles aproveitaram a audiência pública e colocaram as problemáticas, onde está incluída a contaminação dos córregos, por conta da lavagem do minério, assim, como a escassez de água no local que é comum.

“Não somos contra, o que queremos é a resolução dessas problemáticas que estão acontecendo em nossa região. Os moradores estão ociosos. É necessário sim, muito conversação e principalmente respeito à população que vive em torno das instalações da empresa. Entendemos que isso gerara empregos, porém, haverá causas negativas e queremos a solução para isso”, informou a representante dos moradores da região do Maria Coelho e Mato Grande, Simoni Panovitch.

Já o procurador da República e representante do MPF, Carlos Alberto dos Rios Junior, também apresentou algumas condicionantes, mas adiantou que não se posiciona negativamente, pois apenas que a empresa busque a resolução dessas ações dentro da região, ajudando não só no desenvolvimento, como também trabalhando junto à comunidade.

“Todas essas condicionantes terão que funcionar e ser validadas para que haja um trabalho, onde gere impactos positivos para região. A exemplo, empreendimentos como esses tem que elencar propostas para região e principalmente voltadas a comunidade, como Maria Coelho, Mato Grande, por onde passarão o escoamento desse minério”, explicou Carlos Alberto.

“Através dos estudos, são apresentados os impactos. Esse planejamento considera todos os aspectos socioambientais que são influenciados pelas característica deste empreendimento de ampliação da atividade mineraria da Vetria. A partir de então, estaremos dando outro passo, com a apresentação desses estudos para que haja a implantação do projeto na região”, explicou a coordenadora de Meio Ambiente da Vetria Angélica Beccato.

Outro ponto se refere aos investimentos, que não apenas beneficiarão a empresa, pois irão transformar a ferrovia entre a região e Santos em uma das melhores do Brasil, informou o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos Jorge de Castro. “A ferrovia hoje, já transporta o minério desta localidade para Santos, mas ela será totalmente remodelada para transportar com segurança o volume previsto no projeto. Lembramos que para essas atividades, vamos capacitar a população para que eles possam integrar a operação da empresa, gerando assim, postos de empregos”, completou.

A empresa

Atualmente, a mineradora tem capacidade para produzir 1 milhão t de minério de ferro por ano, apesar dos recursos minerais da empresa apresentarem um potencial muito maior. A empresa, que já possui uma mina operacional no Maciço do Urucum, terá capacidade logística ferroviária garantida em contrato de transporte de longo prazo, além da exportação do produto por meio de um terminal portuário próprio, a ser instalado em Santos.

Com a expansão das atividades da empresa na região dos dois municípios, a atuação produtiva da mesma será elevada para 28 milhões de toneladas ao ano. A Vetria conta com know-how de seus acionistas na operação ferroviária, portuária e de mineração. A ALL possui 50,4% de participação na nova empresa, a Vetorial 33,8% e a Triunfo 15,8%. A associação possibilitará, além da produção e escoamento do minério de ferro da Vetria, uma logística eficiente para escoar o minério de outras empresas da região, como também uma ferrovia de classe internacional com capacidade disponível para outras cargas.

 

Por: Da Redação