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José Antonio participa da Audiência Pública sobre “Combate ao Crack”

Além de prefeito José Antonio (PT), também participou do evento o vereador ladarense Neninho (PMDB)

O crack avança e está presente em quase todos os 78 municípios de Mato Grosso do Sul. Hoje a droga é responsável por 39% dos atendimentos psiquiátricos no Brasil. O número de usuários no País está em torno de 1,2 milhão de dependentes e a idade média para iniciar o consumo é de 13 anos, de acordo com dados do censo do IBGE. Especialistas apontam que os países gastam de 0,5% a 1,3% do PIB com o combate e tratamento ao uso do crack. Com essas estatísticas alarmantes, Corumbá sediou a oitava edição da Audiência Pública sobre Enfrentamento e Combate ao Crack, nesta segunda-feira, 28 de maio. “É importante identificar e combater as pessoas que se beneficiam do tráfico de drogas, pessoas que muitas vezes se fazem passar por benfeitores da sociedade mas que na verdade se beneficiam de negócios ilícitos e lucrativos”, alertou o prefeito José Antonio, ao abrir a série de pronunciamentos.

Durante o evento, o prefeito Ruiter Cunha lançou o projeto Re-Habilitar, que vai dar suporte e promover a reinclusão social de usuários de drogas, e destacou a importância da audiência. “Muitos ainda são contrários sediar esse tipo de audiência, mas aqui nós ousamos e enfrentamos o problema”, acentuou.

Deputados Paulo Duarte e Eduardo Rocha

O deputado estadual Paulo Duarte sugeriu medidas rigorosas, como as que foram usadas para conter o uso do tabaco. “Em vinte anos, com uma campanha arrojada, o consumo de cigarro caiu de 36% para 16% de fumantes na população do País”, ressaltou. “O crack está presente hoje em 97% dos municípios de Mato Grosso do Sul e precisa ser tratado como uma epidemia”, acrescentou.

O Centro de Convenções do Pantanal ficou pequeno para receber tantos participantes. Os 160 lugares do auditório principal estava lotado, com pessoas em pé nos corredores laterais. Foram colocadas 20 cadeiras extras. Duas salas ao lado, cada uma com 60 poltronas, da qual podia se acompanhar a audiência pelo circuito interno de TV, também foram tomadas. Estima-se uma assistência de cerca de 360 pessoas no Centro de Convenções. No final todos receberam um certificado de participação.

O evento foi uma realização da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, por meio dos deputados estaduais Paulo Duarte (PT) e Eduardo Rocha (PMDB), com apoio da Prefeitura de Corumbá. Além deles e dos prefeitos José Antonio (Ladário) e Ruiter Cunha (Corumbá) integraram a mesa diretiva a secretária municipal de Assistência Social de Ponta Porã, Doralice Alcântara; o assistente social e técnico de Proteção Especial da Secretaria Estadual de Assistência Social e Trabalho, Ubiratan Borges Daniel; o sub-secretário municipal de Assistência Social e Cidadania de Corumbá, Lamartine Costa; o cônsul da Bolívia em Corumbá, Juan Carlos Merida Romero, e os vereadores Emerson Pitzold e João Bosco.

Foi a oitava audiência pública para discutir propostas de combate ao avanço do crack em Mato Grosso do Sul. O evento já ocorreu nos municípios de Campo Grande, Três Lagoas, Ponta Porã, Costa Rica, Bataguassu, Aparecida do Taboado e Brasilância. O próximo já está marcado para o dia 31 de maio em Cassilândia.

Crack contém cimento e gasolina

O deputado Eduardo Rocha apresentou vídeos que mostravam como são fabricadas as pedras de crack em uma refinaria na Colômbia. Cimento, gasolina e uma série de componentes químicos são usados na fabricação. O vídeo também mostra depoimentos de ex-dependentes, que são hoje apenas um terço dos usuários. Um terço dos dependentes não conseguem recuperação e outro um terço morre. “Estou enviando cópias desses vídeos para serem mostradas nas escolas”, afirmou o deputado, que lamentou a decisão do Supremo Tribunal Federal por ter liberado recentemente a Marcha da Maconha em Brasília. Rocha revelou ainda que no município de Santa Rita do Pardo traficantes estão vendendo crack na porta de escola. “Os agentes comunitários de todos os municípios deveriam ser capacitados para prevenir e combater o avanço da droga, assim teríamos um exército contra a droga em Mato Grosso do Sul”, sugeriu. (Assessoria de Imprensa da PML)

 

Por: Da Redação

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