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Historiadora lança ‘Rio Paraguai, o mar interno brasileiro’ na UFMS

Historiadora corumbaense Maria do Carmo Brazil busca preservar o rio Paraguai das degradações (Foto: Agência Navepress)

A historiadora Maria do Carmo Brazil lança nesta segunda-feira, 25 de maio, no Alfiteatro Salomão Baruki, o livro “Rio Paraguai, o mar interno brasileiro”. Trata-se de uma produção editada, revista e ampliada da tese de doutoramento da autora, defendida em 1999, na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP, São Paulo. A obra conta com ilustração de capa e de capítulos do artista plástico corumbaense Daltro.

Corumbaense, ex-aluna do Colégio Estadual Maria Leite, graduada na UFMS, doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), Maria do Carmo é professora dos cursos de graduação e pós-graduação de História da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e suas investigações são dedicadas à História Regional, com foco em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Ela é também autora do livro “Fronteira Negra: dominação, violência e resistência escrava em Mato Grosso – 1788-1888”, e da obra “Peões e Cativos Campeiros – Estudos sobre a economia pastoril no Brasil”, em parceria com Mario Maestri (UPF/RS).

No tópico mais intrigante do livro de 366 páginas, da Editoria UFMS, a professora desconstrói o que chama de “mito da decadência” atribuído ao rio por um grupo de historiadores. “Esses historiadores deixaram um discurso de ‘decadência irreversível’ do rio Paraguai, mas trata-se de uma interpretação equivocada, o rio continua mais vivo do que nunca, e por meio dele renascem interesses econômicos, ambientais, turísticos, do Mercosul, tudo isso”, destaca. “Afirmaram que o trem matou o rio, referindo-se à chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, mas quem morreu foi o trem que não existe mais”, acrescenta.

A historiadora deixa claro que o rio não é apenas uma hidrovia, mas agente vivo do processo de integração nacional, conformação econômica e sociocultural do Brasil. “Maria do Carmo narra, alerta, contesta e espera, de forma não silenciada, por estudos e ações públicas que venham resguardar e proteger esta imensidão aquática das degradações devastadoras que vem ocorrendo”, analisa Maria Adenir Peraro, professora do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Mato Grosso. (Agência Navepress)

 

Por: Da Redação

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