Ladário

Fundação de Cultura quer tombar Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, Pórtico da Marinha e Maçonaria

 

A revalidação do registro do modo de fazer a viola de cocho, o tombamento da Loja Maçônica Farol do Norte e revalidação do registro do São João Pantaneiro estiveram em destaque durante reunião realizada hoje na Fundação Municipal de Cultura. Também foram questionados um possível tombamento da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios e de imóveis importantes para a história da cidade, além do Pórtico do 6º Distrito Naval, muralhas e peças de artilharia.

Essas ações fazem parte da valorização da cultura e da história de Ladário que está dentro do plano da administração. “Queremos manter viva a nossa história e valorizar o nosso passado de glórias”, afirma o prefeito Carlos Ruso que determinou à sua equipe um estudo e acompanhamento dos processos para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tenha tudo que for necessário para concluir os processos o quanto antes.

No caso da viola de cocho, o processo está sendo revalidado. “Cada processo vale por dez anos, como ele (o modo de fazer da viola), foi registrado em 2005, em 2015 iniciou-se o processo de revalidação”, explicou Edvânia de Jesus, chefe do escritório do Iphan em Corumbá. “O processo está com o corpo técnico do Iphan lá em Brasília, para que continue com o título de Patrimônio Cultural Nacional”, afirmou ela.

Outro processo em andamento é o Registro de Celebração do Banho de São João, o São João Pantaneiro, uma das festas juninas mais importantes do centro oeste brasileiro. “É uma manifestação que acontece só em Ladário e Corumbá com o apoio do poder público. O registro é um título que é dado para celebrações, modo de fazer, forma de expressão ou lugar”, explicou.

Além desses dois processos, outro que está em andamento é o de tombamento da Loja Maçônica Farol do Norte, instituição que fez parte de importantes decisões tomadas no Brasil e por onde passaram grandes personalidades. Boa parte da documentação da maçonaria ladarense encontra-se no Rio de Janeiro e os técnicos do Iphan estão indo para lá para fazer a averiguação.

A Fundação também pediu o suporte do Iphan para trabalhar o tombamento da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, um dos prédios mais antigos de Ladário e de suma importância na história do município. O pórtico da Marinha, construção datada de 1875 que faz parte da vida de Ladário e dos ladarenses.

“Estamos fazendo o alinhamento, começando uma conversa junto ao Iphan”, disse o presidente da fundação, Emerson do Vale Ptzold (Neninho). “Queremos nos inteirar melhor e fazer um trabalho em parceria. Precisamos muito do Iphan”, afirmou ele. (Divulgação/Fundação de Cultura)