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Experimento indica que inseminação artificial em tempo fixo é viável para o Pantanal

Animais que participaram do experimento (Foto: Embrapa Pantanal)

Um experimento realizado entre dezembro de 2011 e janeiro deste ano aponta que a técnica da IATF (Inseminação Artificial por Tempo Fixo) é viável para a pecuária da planície pantaneira. Os resultados parciais foram divulgados nesta segunda-feira, dia 13, pelo pesquisador Ériklis Nogueira, da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Ériklis afirma que foi obtido, nos dois primeiros lotes inseminados, índice de 47% de prenhez com a técnica, que concentra todas as inseminações artificiais na estação de monta (dezembro a março). A IATF sincroniza o cio e a ovulação, eliminando a necessidade de detecção de cio e permitindo a inseminação artificial de uma grande quantidade de animais em apenas algumas horas. No total, foram inseminadas cerca de 460 vacas na fazenda Nhumirim, da Embrapa Pantanal. Os animais eram Nelore, Nelore vermelho e Bovino Pantaneiro.

Marcílio de Brito e Wandir Dias durante a inseminação (Foto: Embrapa Pantanal)

Uma das maiores vantagens da estação de monta é concentrar o trabalho dos peões em acompanhar a reprodução dos animais na mesma época do ano, otimizando a mão-de-obra. Com a nova técnica, as fazendas ganham mais uniformidade no rebanho, o que é valorizado nos leilões. Por serem concebidos na mesma data e com o sêmen de touros avaliados geneticamente, os bezerros terão características semelhantes e de melhor qualidade.

“É um bom índice para o Pantanal. Verificamos que houve variação nos resultados de acordo com o sêmen utilizado. Alguns touros tiveram aproveitamento de 60% e outros, de 22%, apesar de todos estarem aptos segundo avaliações laboratoriais.” Todos os touros utilizados na pesquisa são avaliados pelo Geneplus, um programa de melhoramento genético animal da Embrapa

Executada no início da estação de monta, a IATF permitiu emprenhar praticamente metade das vacas. Agora, a outra metade terá até março para outras tentativas de prenhez com touros a campo. O pesquisador disse que o experimento deve ser repetido nas próximas estações de monta da Nhumirim.

“Estão sendo testados protocolos adequados para o Pantanal”, disse Ériklis. Segundo ele, pecuaristas que pretendam utilizar a técnica precisam treinar a equipe e contar sempre com uma assessoria técnica. Na fazenda da Embrapa, cinco operários rurais realizaram o serviço, sempre acompanhados de veterinários e integrantes do núcleo gestor do rebanho da Fazenda Nhumirim.

 

Por: Da Redação

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