Na manhã deste sábado, 15 de junho, aconteceu a abertura oficial do projeto “Ladário no Mapa e na Mídia”. O projeto foi idealizado por professores, coordenação e direção colegiada da Escola Estadual Leme do Prado, direcionado aos estudantes e educadores, com a finalidade de discutir a participação da cidade de Ladário fundada em 1778 e do Arsenal de Marinha de Mato Grosso fundado em 1873, no processo de ocupação e colonização do atual Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O projeto “Ladário no Mapa e na Mídia” é coordenado pelos professores Marcelo Aparecido Barbosa de Camargo e Cornélia Lourdes de Tomichá Mello.
A cerimônia de abertura aconteceu na Câmara Municipal de Ladário e contou com a presença do atual prefeito, José Antonio Assad e Faria e dos ex-prefeitos do município, Aurélio Quintiliano da Cruz, professor Nivaldo Ferreira da Silva e professor Aldo Serra Gonçalves. Também participaram da cerimônia o vereador Emerson Valle Petzold (Neninho), o ex-vereador Edyl Benzi, filho do ex-prefeito Hélio Benzi (em memória), a supervisora de Gestão Escolar de Ladário, Maria Thereza de Figueiredo Vicencio, o professor Divino Marcos de Senna, representante da UFMS – Campos Pantanal, Renato Giordano Teixeira, diretor da Escola Municipal Marquês de Tamandaré e o senhor Edson Gomes Lara, presidente da SSCH de Ladário.
A diretora da Escola Leme do Prado, Elizabeth da Silva, fez abertura dos trabalhos e agradeceu a participação dos convidados e de todo o segmento escolar, “neste primeiro encontro, vamos ressaltar a importância do projeto, como também mostrar através de pesquisas e da palestra do professor e mestre Saulo Álvaro de Mello, um pouco da história de Ladário”.
Conforme a coordenação do projeto, os alunos farão a coleta de dados até o mês de setembro, “através do tema, os alunos conhecerão a história da cidade através de entrevistas que serão feitas com vários cidadãos, assim conhecerão profundamente o município ladarense”, explicou professor Marcelo Camargo.
Marcelo também falou que os dados coletados pelos alunos serão transformados em um livro, “todas as informações serão colocadas em um livro, contendo fatos narrados por moradores da cidade. Esta obra servirá com uma referência histórica do município”, disse.
O prefeito José Antonio falou o quanto o projeto “Ladário no Mapa e na Mídia” é importante para o município, “resgatar nossas origens e nossa história é fundamental, ainda mais quando professores e alunos estão participando, isso é uma lição de democracia, como também influencia na formação de um bom cidadão”.
O mestre Saulo de Mello proferiu a palestra “Ládário: Dos confins do sertão ao mapa da mídia”, destacando a importância histórica do Arsenal da Marinha para a cidade, “a história de Ladário está umbilicalmente ligada ao Arsenal de Marinha, atual 6º Distrito Naval, desde os primeiros arruamentos, construção de moradias, casas comerciais, operários e contingentes militares. Ao oferecer visibilidade histórica aos fatos envolvendo a gênese de Ladário, procuramos destacar o importante papel da Marinha do Brasil, como referencial estratégico, e a cidade, como sede institucional de importante Base Naval”, explicou.
O professor Saulo finalizou a palestra ressaltando que a Escola Leme do Prado, através do projeto “Ladário no Mapa e na Mídia”, tem a ambição de dar continuidade à obra de Luiz de Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, não mais semeando povoados, mas o conhecimento aos alunos acerca da história do Ladário antigo, “semeando conhecimento, espera-se que frutifique num Ramo de Pérolas, no dizer do poeta ladarense Valdonei Coimbra de Moraes, e imortalizada como Pérola do Pantanal nas palavras hábeis e generosas de João Lisboa de Macedo. Ladário tem história, tem memória, tem causos de um povo simples e generoso. Tem Fagulhas do Sol e Sopa Paraguaia, de João Lisboa de Macedo, que dedicou sua vida a cantar Ladário em versos. Tem a rua do Portão, tem o relógio da 14 de Março, tem o bar do Correia, tem o bar do Leal, tem a domingueira do Atlético, tem o Recreativo, tem a ponte do seu Irineu, tem seu Chico carroceiro, tem o centenário Maximiano, tem os causos do professor Hélio Benzi, quanta saudade do Ladário antigo. Na esperança de apresentar o Ladário antigo aos nossos alunos e professores, devemos a importância deste projeto, para que Ladário não seja apenas uma pálida lembrança na memória das gentes, mas uma história viva construída, afinal somos nós o povo ladarense”.
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Por: Douglas Assad Arruda