Com a epidemia em Corumbá e o alto índice de infestação registrado na 14ª semana epidemiológica divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, Ladário está em estado de alerta e toma medidas emergenciais de combate ao avanço da dengue no município. “Além das medidas de rotina, iniciamos no começo da semana uma ação rigorosa, um controle mecânico em recipientes que acumulam água, copos, vasos de plantas, garrafas, pneus, mas acima de tudo contamos com a conscientização e colaboração da população”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Cleber Colleone.
O boletim da 14ª semana epidemiológica, que se baseia em dados fornecidos pela própria Secretaria Municipal de Saúde ao Ministério da Saúde, que os repassa ao Estado, Ladário apareceu em terceiro lugar, com 16 casos notificados de dengue e índice de infestação de 80.2, números preocupantes para o município de quase 17 mil habitantes. A cidade aparece com marca vermelha no “mapa da dengue”. Agentes de endemias que vão trabalhar na ação foram capacitados para o controle mecânico contra a dengue por técnicos da Saúde do Estado.
A incidência de dengue se mede por casos notificados a cada 100 mil habitantes. No ranking, Ladário estava apenas abaixo de Corumbá e de Eldorado. “Os registros da 15ª semana epidemiológica que nos foram repassados pela Saúde do Estado apontam 9 casos notificados e uma queda de incidência de 50% em Ladário, mas ainda assim os números são muito preocupantes e requerem uma ação intensa nas próximas semanas”, enfatizou a gerente de Saúde Marcela de Barros Por Deus. “Já contamos nas ruas com equipes de agentes de endemias e de Obras para o controle mecânico”, acrescentou.
De acordo com o secretário Cleber Colleone, este é um momento em que o comportamento da população é decisivo. “É no dia a dia que estaremos estrategicamente aprimorando nossa conduta, por isso o Ministério da Saúde tem veiculado propaganda no sentido de sensibilizar a população”, comentou. “O serviço público está fazendo a sua parte, mas os moradores também devem fazer a parte deles, mantendo o quintal limpo e os reservatórios de água bem tampados para não se transformarem em depósitos de óvulos dos mosquitos”, acrescentou.
Para Colleone, o fator que mais contribui para a proliferação do mosquito transmissor da dengue ainda é a maneira controvertida como os moradores armazenam água potável em suas residências. Como o abastecimento de água continua precário na maioria das casas localizadas na parte alta da cidade, os moradores mantêm caixas dágua – muitas sem tampa – no nível do chão, que acabam se transformando em depósitos de óvulos. “Essas caixas dágua precisam ser frequentemente limpas e muito bem tampadas, o morador tem de estar consciente do risco”, alertou.
Cleber esclarece ainda que, a qualquer sintoma da dengue (febre alta, dores na cabeça, na nuca, nas juntas), o paciente deve procurar imediatamente o Pronto Atendimento de Ladário, na rua Comandante Souza Lobo, para ser avaliado. O tratamento imediato é a base de soro, além de ser solicitado exame de hemograma para se confirmar a doença. “A pessoa não deve se automedicar de jeito nenhum, não deve tomar aspirina, tem de procurar o médico”, acentuou. A aspirina (ácido acetilsalicílico), eficaz contra a dor, tem porém um efeito contrário, e fatal, quando ingerida por portadores de dengue. (Assessoria de Imprensa da PML)
Por: Da Redação
