Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativistas de Corumbá e Ladário (Sintrexcol), juntamente com os diretores da Mineradora Vale (área executiva e relações trabalhista), estiveram reunidos nesta segunda-feira, 23 de março, para tratar da situação da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). A reunião foi realizada por meio de videoconferência, com os demais representantes da Vale, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Na oportunidade, o sindicato exigiu que a mineradora adote ações para resguardar a saúde e vida dos trabalhadores. Além disso, a empresa foi questionada a respeito do cumprimento dos decretos município de Ladário e Corumbá, “o tempo é precioso, não podemos deixar os trabalhadores em situação de vulnerabilidade, temos dois decretos municipais, um de Ladário e outro de Corumbá, sendo assim, precisamos que sejam cumpridos”, disse o presidente do Sintrexcol, Jessé do Carmo Fernandes.
O representante da entidade destacou que a empresa atendeu uns dos pontos emergenciais, a contemplação do bônus extra de R$ 760, que estará disponível no cartão alimentação no dia 26 de março. O benefício foi concedido através dos pedidos dos sindicatos, “esse valor irá ajudar os trabalhadores, porém é preciso mais que isso, pois estamos tratando de uma doença que acomete a saúde do trabalhador, podendo levar a óbito”.
Sob orientação da Secretaria de Saúde e em cumprimento dos decretos municipais, Jessé do Carmo afirmou aos diretores da Vale que o sindicato não abrirá mão da paralisação geral das atividades nas unidades, “nosso objetivo é a proteção e prevenção aos trabalhadores, pois os decretos estabelecem o toque de recolher nas duas cidades, não há qualquer exceção que possa ser invocada pelos trabalhadores da empresa, justificando o descumprimento de tal ordem emanada das autoridades municipais em questão, pois a atividade desenvolvida pela empresa não é caracterizada como essencial, desta forma o Sindicato aguarda até esta terça-feira, 24 de março, a paralisação das atividades nas unidades da Vale, mas caso a empresa insista em manter os serviços, a entidade ajuizará uma ação coletiva com pedido de liminar, visando desobrigar o trabalhador a sujeitar-se a ordem incompatível da empresa”, finalizou.