Ladário realizou a 7ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente nos dias 29 e 30 de novembro. Os debates iniciaram-se terça às 19h e encerraram-se na quarta-feira às 12h. Foram discutidos na quadra poliesportiva do Colégio São Miguel com a participação de crianças e adolescentes de escolas e de projetos sociais como o Jornada Ampliada (Peti) e APAE (Associação de Pais e Amigos das Crianças Excepcionais) e toda a comissão organizadora composta por representantes do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), que tem com presidente Alexandre Orichuela.
Conselheiras, psicólogas, professores e membros da Secretaria Municipal de Assistência Social participaram do evento, envolvidos na elaboração de discussões e propostas que melhorem o atendimento, o cuidado e a proteção das crianças e adolescentes, conforme explicou Orichuela.
A principal intenção dos organizadores é redefinir a realidade do município em relação ao cumprimento e as violações dessas leis de proteção e promover melhorias no acolhimento das famílias que possuem dificuldades de se relacionar com seus filhos, evitando dessa forma situações trágicas como crianças dependentes de substâncias químicas e vítimas de abuso sexual.
O encontro foi dividido em cinco eixos temáticos que serão utilizados com base para elaboração de ideias e projetos que posteriormente poderão ser transformados em leis. “Num município com pouco mais de 19 mil habitantes o índice violação das leis que protegem essas crianças é alto e, como esses atos são derivados da vulnerabilidade, da desestrutura e da condição social das famílias, precisamos nos unir para mudar essa realidade”, ressaltou Deyna Ferreira da Silva, integrante do Conselho Tutelar de Ladário.
EIXOS
Os eixos debatidos foram: Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente; Proteção e defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente; Protagonismo e Participação de Crianças e Adolescentes; Controle Social e Gestão da Política Nacional dos Direitos Humanos da Criança e Adolescente. Um dos principais temas lembrados foi o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes, que deve ser denunciado por responsáveis ou pessoas próximas. Em caso de suspeita, disque 100. Esse tipo de violência fere os direitos sexuais e humanos dos indivíduos causando traumas difíceis de serem reparados. O desenvolvimento físico, psicológico e social das vítimas é totalmente afetado, por isso a preocupação e a união dos órgãos responsáveis. A Casa do Conselho Tutelar fica na rua Saldanha da Gama, entre a avenida 14 de Março e a SSCH, e atende pelos telefones3226-1445 e 8454-3907. (Reportagem: Suellen Rodrigues, da PML)
Por: Da Redação