A Câmara Municipal de Corumbá realizou sessão solene, na manhã desta segunda-feira, alusiva ao Dia do Marinheiro, comemorado no dia 13 de dezembro. O presidente do Legislativo, vereador Evander vendramini Duran (PP), destacou a presença da Marinha na região desde 1873 e do seu compromisso na defesa da soberania nacional e no atendimento social na área ribeirinha do Pantanal.
“A Marinha tem um papel relevante em nossa região, que transcende seu dever constitucional, participando ativamente das ações que envolvem as nossas comunidades e se constituindo em uma instituição parceria do município”, disse Vendramini, ao discursar no plenário da Casa do Barão de Vila Maria.
O ato solene contou com a presença do general de brigada Carlos dos Santos Sardinha, comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, e do contra-almirante Márcio Ferreira Mello, comandante do 6º Distrito Naval de Ladário. O ato foi prestigiado ainda pelos vereadores Marcos de Souza Martins (PT), Oséas Ohara (PMDB) e Carlos Alberto Machado (PT), além de oficiais da Marinha e do Exército.
O contra-almirante Ferreira Mello, ao usar da palavra na tribuna, fez um histórico da presença da Marinha na região e destacou a célebre data, instituída pelo aviso nº 3.322 do Ministério da Marinha, em 4 de setembro de 1925, em reconhecimento aos grandes serviços prestados por Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré, patrono da Marinha, ao povo e à pátria.
Livro dos heróis
Nascido em Rio Grande (RS), no dia 13 de dezembro de 1807, Tamandaré faleceu em 20 de março de 1897, no Rio de Janeiro. Por iniciativa do Congresso Nacional, entrou para o Livro dos Heróis da Pátria, em 2003. Ele participou das lutas pela independência do Brasil e da repressão às revoltas no período regencial, tais como a Cabanagem (Pará), a Sabinada (Bahia) e a Farroupilha, no Rio Grande do Sul.
Em 1840, foi nomeado capitão de fragata e, em 1847, capitão de mar-e-guerra. No ano seguinte, recebeu, na Grã-Bretanha, a fragata D. Afonso, primeiro navio misto – a vela e a vapor – de grande porte da Marinha brasileira. Durante esse comando, socorreu o navio inglês Ocean Monarch, incendiado próximo ao porto de Liverpool, e resgatou mais de cem pessoas.
Em março de 1850, Tamandaré também socorreu a nau Vasco da Gama, perdida depois de uma forte tempestade próxima ao Rio de Janeiro. O almirante participou, ainda, da guerra contra Oribe e Rosas, em 1851, conhecida como Guerra do Prata – disputa entre Argentina e Brasil pela influência no Uruguai e a hegemonia na região do Rio da Prata -, e comandou as forças navais durante a Guerra do Paraguai.
Por: Da Redação