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Vale ganha votação de pior empresa do mundo

Mina de minério de ferro do Urucum, Corumbá, MS (Foto: Carlos Rodrigo Lehn)

A brasileira Vale, uma das maiores produtoras de minérios de ferro do mundo, foi “agraciada” nesta sexta-feira (27) com o prêmio Public Eye (Olho Público, em tradução livre), que elege anualmente as companhias com pior comportamento em relação a meio-ambiente e direitos humanos no mundo.

A votação é organizada, desde 2000, pelo Greenpeace e a ONG Declaração de Berna.

Entre as seis empresas mundiais indicadas ao “prêmio”, a Vale obteve o maior número de votos dos internautas: 25.042. A votação foi realizada pela internet entre 5 e 26 de janeiro. Já o prêmio especial do júri deste ano foi recebido pelo grupo financeiro britânico Barclays.

Em resposta, a Vale lançou um site especial, com versões em português e inglês, onde responde pontualmente a cada uma das críticas feitas pela organização do prêmio. “A Vale sabe que a atividade mineradora gera impactos e, por isso, atua de forma a controlá-los e reduzi-los.(…) Além das obrigações legais e gestão dos impactos de suas operações e projetos, a Vale contribui voluntariamente e investe na conservação de ecossistemas naturais e boas práticas em desenvolvimento sustentável.”

A cada ano, são escolhidas duas empresas que fazem parte do Fórum Econômico Mundial, e os prêmios são entregues na mesma semana em que os executivos das maiores companhias do mundo se reúnem na estação alpina de Davos.

Neste ano, as seis empresas indicadas foram o banco Barclays, do Reino Unido; a mineradora norte-americana Freeport McMoRan; a sul-coreana Samsung; a japonesa de energia Tepco; a suíça do agronegócio Syngenta; e a mineradora brasileira Vale.

Indicação da Vale

A indicação da Vale para o prêmio foi feita pela Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale (International Network of People Affected by Vale), por meio da organização brasileira Rede Justiça nos Trilhos, sediada no Maranhão, em parceria com as ONGs internacionais Amazon Watch e International Rivers.

A justificativa é “inúmeros impactos ambientais, sociais e trabalhistas causados na última década pelas atividades da corporação no Brasil e no mundo”.

Além disso, a entrada da empresa no Consórcio Norte Energia S.A., empreendimento responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), foi considerado o fator determinante para a sua inclusão na lista das seis finalistas.

 

Fonte: Efe/France Presse

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