Um dos principais corredores de transporte do país, a Hidrovia do Paraguai (Cáceres-Assunção) ainda sofre uma campanha negativa promovida por setores ambientalistas, aos quais se integram pesquisadores de órgãos públicos “voluntários” de ONGs.
Em recente encontro realizado na cidade mato-grossense de Cáceres, realizado para discutir os impactos dos empreendimentos hidrelétricos na Bacia do Alto Paraguai, mais uma vez os “ecologistas” manipularam uma carta, onde pedem a retirada da hidrovia do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Este mesmo posicionamento foi feito na reunião promovida pelo Ministério Público Federal em Corumbá sobre as comunidades tradicionais do Pantanal. De forma errônea – ou proposital – fala-se em ‘implantação’ da hidrovia, quando ela é um caminho natural navegado deste os tempos dos Descobrimentos.
A “Carta Cáceres” pede que todos os investimentos públicos para a hidrovia, quer federais, estaduais ou municipais, sejam retirados. A hidrovia sofre pressão há mais de 30 anos e o MPF chegou ao limite de “fechá-la” em 2000.
Boicote
Com 3.400 quilômetros de extensão, a via seria uma opção de logística fundamental para exportar os grãos de Mato Grosso, os quais deixou de transportar há três anos. O produto roda pelas estradas para chegar aos portos, aumentando o custo Brasil.
Os recursos previstos pelo PAC não colocam em risco o meio ambiente. Parte do dinheiro é para recuperar o porto de Ladário, que pertence ao Ministério dos Transportes; o restante será aplicado no projeto de realinhamento do canal do Rio Paraguai próximo à fonte ferroviária, no distrito de Porto Esperança.
O país, Mato Grosso do Sul e principalmente Corumbá perdem com a falta de investimento no setor hidroviário. A Hidrovia do Paraguai é exemplo disso, por conta do boicote de “ecologistas” ligados a entidades internacionais. (Silvio Andrade)
Por: Da Redação