Ao declarar apoio a Bernal, Rinaldo lembrou que poderia sofrer retaliações
A proximidade do fim do mandato de André Puccinelli (PMDB) como governador do Estado já começa a movimentar o cenário político. O secretário de Habitação do Estado, Carlos Marun (PMDB), é um dos que já tentam se arrumar para não correr o risco de ficar sem mandato em 2014.
Eleito deputado, Marun nem chegou a ficar na Assembleia Legislativa e já retornou a secretaria de Habitação. Temendo dificuldades para se reeleger, visto que não exerceu a função em que venceu a eleição, o secretário vive anunciando que gostaria de voltar para a Casa de leis.
A volta de Marun chegou a ser usada como chantagem pelo PMDB para fazer o PSDB desistir de lançar candidato em Campo Grande. A estratégia não deu certo e os tucanos não só lançaram candidato como apoiaram o adversário do PMDB, Alcides Bernal (PP), no segundo turno em Campo Grande.
Na ocasião, o deputado Rinaldo Modesto (PSDB), suplente de Marun, disse que sabia das retaliações que poderiam ocorrer, mas ressaltou que o partido estava sendo coerente ao declarar apoio ao candidato da oposição. “O partido definiu que caminharia com Bernal. Nós pregamos ao longo da caminhada, em 700 reuniões, a importância de um novo projeto para Campo Grande”, disse Rinaldo ao fazer o anúncio de apoio do PSDB a Bernal.
O PSDB está de olho nos rumores da volta de Marun. O presidente municipal, Carlos Alberto de Assis, explica que dependo da forma como o processo for conduzido, o PSDB pode entender como uma retaliação. “É natural. A decisão pertence ao governador. Mas, pode ser entendido como retaliação. Vamos ver de que forma que vai fazer. Caso isso aconteça, ele tem que arrumar uma colocação para o suplente. Somos aliados a nível estadual”.
Carlos Alberto de Assis lembra que o PSDB ajudou a eleger Puccinelli e continua como aliado na Assembleia. Ele entende que o partido precisa ser informado da volta de Marun e não descarta a possibilidade de uma mudança na postura.
“Tem que haver uma conversa boa entre o Reinaldo ‘deputado federal Reinaldo Azambuja’ e o governador para saber o que vai acontecer. Somos aliados? Somos inimigos? Temos que aguardar e podemos até repensar a postura”, explicou.
Caso Rinaldo deixe o Legislativo, ele poderá voltar a exercer cargo no administrativo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), onde é servidor desde 1985.