O procurador Thiago Monteiro Yatros, responsável pela decisão que livrou o Operário de punição por escalação irregular do volante Eduardo Arroz no Campeonato Sul-Mato-Grossense, na semana passada, foi suspenso preventivamente por 30 dias do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MS). O pedido foi feito pelo Corumbaense, que entrou com recurso contra a decisão, mas a suspensão também foi solicitada pela corregedoria do órgão, que instaurou procedimento administrativo para apurar o caso.
O Corumbaense alegou na justiça desportiva que Yatros é sócio do diretor jurídico do Operário, Rafael Meirelles em um escritório de advocacia em Campo Grande, e que por isso deveria ser impedido de decidir sobre matéria que envolvesse o clube. Um caso análogo ocorreu nessa terça-feira, durante julgamento do processo sobre o Campeonato Brasileiro de 1987, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e envolve Flamengo e Sport. O ministro Luiz Fux é pai de Rodrigo Fux, advogado do Flamengo, e se declarou impedido de participar do julgamento.
Uma comissão interna do TJD-MS, formada pelos auditores Eliezer Carvalho, Marcos Borges Ortega e Ramon Aniz Brizuena, deve apresentar relatório sobre a conduta de Yatros em até 30 dias. No entanto, a decisão proferida pelo procurador no “caso Arroz” não será suspensa. (G1/MS)
Por: Da Redação