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Software que mede sustentabilidade em fazendas pantaneiras recebe ajustes finais

Depois de começar a aplicação do software Fazenda Pantaneira Sustentável (FPS) em propriedades do Pantanal de Mato Grosso do Sul no ano passado, pesquisadores da Embrapa se reuniram para discutir os erros e acertos da versão inicial. “Isso vai ser importante para que a gente trabalhe ainda mais com tecnologias no campo. A FPS faz uma radiografia do sistema de produção e vê onde podemos inserir o que a gente elabora através das pesquisas. Queremos associar a FPS às boas práticas, às tecnologias voltadas às propriedades pantaneiras. É um trabalho que não tem fim”, afirma Sandra Santos, pesquisadora da Embrapa Pantanal e coordenadora do projeto que elaborou a ferramenta.

De acordo com a pesquisadora, a Fazenda Pantaneira Sustentável avalia o grau de sustentabilidade nas propriedades que trabalham com a bovinocultura de corte na região. Para isso, a FPS é alimentada com dados que classificam diversos aspectos da fazenda – como qualidade das pastagens, escore corporal dos animais, infraestrutura oferecida aos funcionários e muitos outros – enquadrando essas informações em três grandes áreas: econômica, social e ambiental. “Esses modelos são integrados para se chegar a uma medida de sustentabilidade da fazenda, considerando as três dimensões”, afirma o analista da Embrapa Informática Agropecuária Helano de Lima, responsável pela lógica computacional do software.

Durante as reuniões realizadas durante a última semana na Embrapa Pantanal em Corumbá (MS), os pesquisadores conversaram sobre quais aspectos deverão ser considerados pela análise da ferramenta e de que forma isso deve ser feito. “Nós discutimos, por exemplo, o uso de um outro indicador financeiro, que leva em consideração a diversificação de atividades produtivas para atender a todas as fazendas – já que nem todas trabalham apenas com pecuária”, diz Sandra. A pesquisadora conta que a FPS deve incluir, futuramente, a avaliação de serviços ambientais, beneficiando quem trabalha com a conservação ambiental. “A gente acha que isso vai ajudar muito os fazendeiros a agregar valor a essas iniciativas”.

Segundo Helano, a FPS deverá ser disponibilizada na metade deste ano em um portal online. “A ideia é colocar a ferramenta disponível ao público abertamente, com diferentes modelos de licenciamento – um para o usuário, outro para o agente certificador e assim por diante”. Sandra relembra que a FPS pode ser usada para auxiliar a tomada de decisão dos produtores que quiserem avaliar os processos produtivos da fazenda. No caso dos usuários que irão aplicar a FPS oficialmente, com fins comerciais, ela afirma que será preciso passar por um credenciamento e uma capacitação para utilizá-la. “O credenciamento serve para garantir que a pessoa utilize o software de maneira correta, garantindo a credibilidade do processo”.

Com a fase final dos ajustes, Helano visualiza outras possibilidades para a aplicação do software. “A FPS pode ser adaptada para outros contextos e problemas. Foi um ganho do projeto muito bem-vindo”, diz. Para Sandra Santos, a participação do produtor será fundamental para definir os próximos passos para a ferramenta. “Com a aplicação no campo, vamos ter um feedback muito grande. Muitos usuários são criativos e a gente está aberto a isso. Nós só temos a ganhar”. (Núcleo de Comunicação Organizacional (NCO) / Embrapa Pantanal/ Corumbá-MS)

 

Por: Da RedaçãoPor: Da Redação

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