A prefeita de Coronel Sapucaia, Niágara Kraievski (PP), que teve a casa atingida por tiros na madrugada deste sábado (04), já passou pela mesma situação em 2017, quando era vereadora. O município faz fronteira com Capitan Bado, no Paraguai, região dominada pelo narcotráfico.
Em relação à suspeita de quem seja, ela ressalta que não tem rivalidade. “Não tenho inimigos, eu tenho adversários políticos. Estou um pouco abalada, mas estamos aqui, eu ainda não parei para pensar o que vou fazer”, disse. Niágara foi eleita com 4.310 votos, no ano passado.
Niágara conta que no momento estava ela, o esposo, as duas filhas de 6 e 21 anos, e um casal de amigos. Foram 15 tiros disparados, no portão, no carro e na porta do quarto de uma das filhas.
Todos estavam dormindo e acordaram com o barulho dos tiros. “A polícia veio, está dando suporte, escolta. A polícia está investigando isso”, disse.
Ainda de acordo com ela, o caso aconteceu por volta das 1h50 e a perícia saiu do imóvel quase 6h.
O vice-prefeito, Carlos Magno, publicou nota de repúdio contra o atentado. “É inaceitável que atos de violência como este sejam perpetrados em nosso município, colocando em risco a vida da prefeita eleita democraticamente e de seus familiares. […] A violência não tem lugar em nossa sociedade, e devemos nos unir para condenar qualquer forma de agressão que ameace a paz e a segurança do nosso município. É nosso dever defender a democracia e garantir um ambiente seguro para todos os cidadãos e representantes”, diz parte da nota.
Em 2017, quando Niágara era vereadora, o jornal noticiou que sua casa tinha sido atingida por tiros de pistola calibre 9 milímetros. Na época, quatro cápsulas deflagradas de pistola foram recolhidas no local. Os tiros foram disparados principalmente em direção à garagem da casa.
*Campo Grande News
