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Sindicalistas de MS fazem manifestação em SP

Centrais fazem manifestação em SP para apresentar propostas para economia nacional

 

Centrais fazem manifestação em SP para apresentar propostas para economia nacional

As centrais sindicais e os movimentos sociais estão realizando hoje (3) em São Paulo uma grande mobilização popular para apresentar à sociedade brasileira, ao Governo e ao Congresso Nacional a “Agenda Unitária da Classe Trabalhadora”, um conjunto de reivindicações democráticas e populares para alcançar vários objetivos econômicos e sociais no Brasil. Sindicalistas de Mato Grosso do Sul, ligados à Força Sindical Regional, participam da mobilização, informa Idelmar da Mota Lima, presidente da entidade em MS.

Segundo ele, a “Agenda Unitária da Classe Trabalhadora” é composta pelas seguintes reivindicações:

• Mudanças na política econômica – reduzir os juros, conquistar o desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuir renda e fortalecer o mercado interno;

• Reduzir a jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário;

• Acabar com o Fator Previdenciário, por uma política de valorização das aposentadorias;

• Regulamentar a terceirização para garantir os direitos dos trabalhadores;

• Ratificar a Convenção 158 da OIT para combater a rotatividade da mão de obra;

• Ratificar a Convenção 189 da OIT para normatizar as condições dos trabalhadores domésticos;

• Regulamentar a Convenção 151 da OIT pelo direito de organização e negociação coletiva dos servidores públicos;

• Realizar as reformas agrária e urbana;

• Garantir 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação;

• Combater todas as formas de discriminação e violência, salário igual para trabalho igual;

• Pela soberania nacional e autodeterminação dos povos.

Idelmar da Mota Lima, que preside a Fetracom (Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de MS) e o Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande – SEC/CG, disse que os trabalhadores estão em luta para que os frutos do crescimento econômico sejam distribuídos a todos na forma de salários dignos, melhores condições de trabalho e mais direitos políticos e sociais.

Para isso, segundo ele, “é necessário direcionar a política econômica para fortalecer e dinamizar a indústria nacional e combater a desindustrialização, ampliar a renda e o emprego, recuperar a qualidade dos serviços públicos, especialmente na educação e saúde e romper com as restrições ao desenvolvimento do País impostas pelos bancos às custas do endividamento do Estado, do Trabalho e do esforço do conjunto dos trabalhadores e do povo”.

Estevão Rocha dos Santos, vice-presidente da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul e presidente do Seaac/MS (antigo Sintraconta), também enalteceu os objetivos dessa manifestação pública em São Paulo, maior cidade da América Latina: “Os trabalhadores brasileiros, por intermédio de suas centrais sindicais e movimentos sociais demonstram sua força e defendem idéias e sugestões capazes de melhorar não apenas a economia nacional como também a vida dos trabalhadores. Esse objetivo, aliás, deve ser a meta de todo e qualquer plano econômico e social”.

De Mato Grosso do Sul, segundo Estevão Rocha, dezenas de sindicalistas participam essa manifestação em São Paulo. O movimento começou às 10 horas na Praça Charles Miller, que está situado em frente ao Estádio Municipal do Pacaembu.

“Vamos levar essa luta a Brasília para exigir do Congresso Nacional e do Governo Federal medidas para vialibizar nossa agenda, para que o Brasil retome o caminho do crescimento da economia, com mais direitos sociais, com mais empregos, mais e melhores salários e com justiça social”, comentou Hélio Pinto, diretor da Força Sindical MS e presidente do Sinthorems (Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Campo Grande), responsável pela mobilização de trabalhadores na última grande manifestação das centrais sindicais em Brasília no dia 6 de Julho, quando as centrais empunharam as bandeiras da redução de jornada de 44 para 40 horas semanais, fim do fator previdenciário e outras reivindicações.

 

Por: Da Redação