Servidores do poder judiciário e Ministério Público da União em Mato Grosso do Sul resolveram, em assembleia geral, permanecer em “estado de greve”, com paralisações gerais em todo o Estado, sempre que acharem necessário, como no dia 17 de novembro, quando muitos deles irão a Brasília para acompanhar uma possível reunião do Congresso Nacional para apreciação do veto ao PLC 28/2015, que trata de seu reajuste salarial.
“Resolvemos reservar forças de paralisação geral sempre que acharmos necessário, ao invés de entrarmos, mais uma vez, em greve por tempo indeterminado”, explicou José Carlos de Oliveira, coordenador administrativo do Sindjufe/MS (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União em MS), que participou de assembleia geral da entidade, no sábado, em Campo Grande.
Representantes da categoria, de Dourados e outros municípios do interior, também participaram da assembleia. Os servidores estão determinados a continuar a luta para conquistar a derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff ao aumento que receberam do Congresso Nacional.
O coordenador do Sindjufe/MS lembra que a categoria, em Mato Grosso do Sul, já esteve em greve, por um período superior a 100 dias, acompanhando movimentos semelhantes deflagrados por todo Brasil. “Infelizmente não conseguimos sucesso devido às questões políticas que estão sendo travadas pela Câmara Federal, Senado e Governo brasileiro”, explicou.
Dia 17, um grupo de servidores parte para Brasília, para fazer corpo a corpo com parlamentares da bancada de MS e de outros estados, enquanto os que ficam, paralisam as atividades nas repartições públicas do poder judiciário federal e MPU na Capital e interior do Estado, indo para a frente dos órgãos com faixas e cartazes.
A luta desses servidores é por um reajuste salarial depois de 9 anos sem aumento algum. Ao contrário dos juízes e outros graduados servidores do judiciário federal, que tiveram não só reajustes salariais significativos como também outros benefícios como auxílio moradia. “São dois pesos e duas medidas na justiça federal brasileira, que não pode existir”, afirmou um servidor de Dourados, presente à assembleia geral.
Por: Da Redação