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Saída para o Pacífico tornará MS o Estado mais competitivo do Centro-Oeste, aponta Puccinelli

Entrevista na TV Morena

 

Entrevista na TV Morena

A saída para o Pacífico em direção aos mercados asiáticos, interligando os eixos de transportes rodoviário e ferroviário do Brasil com a Bolívia, Paraguai e Chile, deve ser um dos projetos prioritários do governo federal dentro dos estudos de modernização da logística do País, defendeu nesta quinta-feira (31) o governador André Puccinelli.

Em entrevista ao telejornal Bom Dia MS, da TV Morena, o governador comentou o Projeto Centro-Oeste Competitivo, lançado no dia 29 em Brasília pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e disse que o corredor bioceânico Atlântico-Pacífico, uma das alternativas apresentadas para reduzir o custo Brasil, tornará Mato Grosso do Sul o Estado mais competitivo da região.

“Temos um sistema intermodal pronto, que precisa ser recuperado e se tornar eficiente, e uma posição geográfica estratégica que nos deixa à frente das demais regiões produtoras”, comentou Puccinelli. Ele destacou o Projeto Centro-Oeste Competitivo, ao qual seu governo teve participação, e lembrou que já em janeiro de 2007 pedira ao então presidente Luis Inácio Lula da Silva a estadualização da BR-163.

Público-Privado

Puccinelli demonstrou otimismo em relação à execução dos projetos de modernização do transporte incluídos pelo governo federal no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), dentro os quais a implantação de duas novas ferrovias no Estado, contudo reiterou que deve haver uma maior participação da iniciativa privada em um esforço integrado para que o País supere seus gargalos de logística.

“Os projetos do governo federal têm avançado, não tanto como no ritmo implementado pelo nosso governo com o MS Forte, em que estamos recuperando e implantando 3.662 km de estradas, mas acredito que sairão do papel cumprindo todos os cronogramas”, observou o governador, citando as novas ferrovias previstas no PAC. “Se estão no PAC, espero que não fiquem empacadas.”

Durante a entrevista ao vivo, o governador destacou um dos mais importantes eixos de transporte do Estado, o sistema hidroviário Paraná-Tietê e o Paraguai. Disse que a Hidrovia do Paraguai, que liga Mato Grosso do Sul e Mato Grosso aos portos de Nueva Palmira (Uruguai) e ao Atlântico, necessita de algumas intervenções simples, como dragagem em determinados pontos, para operar o ano todo entre Cáceres (MT) e Porto Murtinho.

Porto de Murtinho

Em relação ao porto de Porto Murtinho, hoje desativado, defendeu sua reativação para atender ao agronegócio em expansão na região sudoeste, citando que o terminal é estratégico para o projeto do grupo chinês BBCA que pretende se instalar no município de Maracaju para moer 600 mil toneladas de milho/ano, investindo R$ 500 milhões. O governador recebeu representantes da empresa no último dia 16 de maio onde a logística foi um dos temas da reunião.

Quanto à Hidrovia Paraná-Tietê, que é também estratégica para escoar o etanol produzido no Estado a Paulínia (SP) e para o setor de celulose de Três Lagoas e região, Puccinelli cobrou investimentos urgentes para construção das eclusas visando a transpor as hidrelétricas construídas na via. A viabilização da hidrovia, segundo ele, beneficia também São Paulo e Paraná e reduz o custo das importações de fertilizantes da Argentina.

Sai do papel

Questionado sobre a privatização da rodovia BR-163, um dos principais gargalos da logística de transporte regional e liderando as estatísticas de acidentes, o governador manifestou-se confiante na determinação do governo federal de realizar o leilão em dezembro, além dos investimentos garantidos dentro do PAC para duplicação de trechos críticos e de maior complexidade.

“Quando propusemos a cessão da 163 em 2007 – observou André Puccinelli – apresentamos estudos de fluxo de tráfego, atualizados posteriormente, os quais hoje dão o norte às intervenções que o governo federal pretende colocar na prática nos próximos cinco anos”. Os estudos, segundo o governador, previam um dos menores pedágios do Brasil, em razão do intenso fluxo de veículos de grande e pequeno porte.

 

Por: Da Redação