A reforma agrária e a construção de casas nos assentamentos estão paralisadas desde 2010, quando veio à tona as denúncias envolvendo a superintendência do INCRA no Estado em corrupção. Os trabalhadores sem terra e assentados estão a ponto de “explodir” com reações fora de controle se o governo não tomar providências imediatas para fazer com que o órgão (INCRA) responsável exerça finalmente as suas funções. O alerta é de Geraldo Teixeira de Almeida, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Mato Grosso do Sul – Fetagri/MS.
Segundo ele, são mais de 2.500 casas que já deveriam estar prontas nos assentamentos para dar mais dignidade às famílias. As obras estão paralisadas. A maioria precisando apenas de acabamento. Outras, de cobertura e como os recursos para esses fins estão bloqueados, tudo está paralisado em prejuízo aos trabalhadores, critica o sindicalista.
“Temos percorrido o interior do Estado e reclamação é grande. Os trabalhadores responsabilizam o governo pela morosidade em colocar o INCRA em funcionamento”, explica Geraldo Teixeira que ainda não viu a vantagem da posse de Celso Cestari à frente da superintendência do instituto. “Ele conhece bem a realidade de Mato Grosso do Sul; conhece os nossos problemas; tem o nosso apoio, mas infelizmente as coisas não estão acontecendo”, comentou. Ele espera mais de Cestari para fazer com que as metas e objetivos do INCRA sejam colocados em funcionamento.
PUNIÇÃO
Geraldo Teixeira disse que se de um lado o meio rural pede agilidade para colocar os projetos do instituto em funcionamento, não quer dizer que os responsáveis pelas denúncias de corrupção saiam ilesos. “É preciso fazer justiça e punir e prender quem deve. Mas o todo não pode pagar pelos erros e abusos de alguns. Esses fatos vieram à tona em 2012 e já estamos caminhando para meados de 2012 e a coisa ainda continua paralisada por aqui. Isso é inconcebível”, insiste Geraldo.
Ainda esta semana a diretoria da Fetagri/MS pretende se reunir com Celso Cestari para avaliar o quadro e saber quando finalmente os projetos serão destravados e novas famílias sejam assentadas e as casas em construção concluídas.
Por: Da Redação