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Projeto para novo rateio de recursos da saúde gera polêmica no Senado

Os valores mínimos a serem aplicados na saúde pública continuam na pauta política do legislativo. Na última quarta-feira (10), na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) foi aprovada uma proposta que pretende alterar a Constituição, estabelecendo nova metodologia para o rateio de transferência para o Sistema Único de Saúde (SUS).

O projeto (PLS 189/14 – Complementar), do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), determina que seja utilizado o critério populacional e o Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, para dividir o total de recursos da União repassados a estados e municípios. Metade do valor a ser transferido levaria em conta o quociente de sua divisão pelo número de habitantes.

O texto diz que, “enquanto não seja pactuada e aprovada a metodologia que considere critérios epidemiológicos, socioeconômicos e de necessidades como base para o rateio dos recursos federais, o total seja distribuído segundo o quociente de sua divisão pelo número de habitantes, ponderado por fator de correção inversamente proporcional ao IDH do ente federado”. Ou seja, quanto mais pobre e adensado, mais recursos o município receberia.

Na Comissão, o projeto teve parecer favorável do relator, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), mas o Governo tentou barrar a aprovação na CAS, apresentando um voto em separado pela rejeição, do líder do bloco de apoio ao Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), mas como o senador não compareceu à reunião prevaleceu o parecer pela aprovação.

O presidente da CAS, senador Waldemir Moka (PMDB), ponderou que o debate deve acontecer na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde a proposta será votada em decisão terminativa no Senado antes de seguir para a Câmara. “Devemos buscar o consenso sempre. Se for aprovada na CAE, a proposta ainda será discutida e votada pelos deputados”, lembrou Moka.

 

Por: Da Redação

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