O piso salarial dos professores está longe de alcançar o patamar mínimo que esse profissional deveria receber não só em Mato Grosso do Sul, mas em todo o Brasil. Ele deveria receber hoje, no mínimo, R$ 2,5 mil por 30 horas/aula semanais e não os atuais R$ 1,4 mil. A opinião é da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (privado) de Mato Grosso do Sul – Sintrae/MS.
Ricardo Martinez Froes, presidente da entidade, diz que o Sintrae e a maioria das entidades que representam os professores lamentam não ter muito o que comemorar nesse dia 15 de outubro, Dia do Professor. “Lamentamos que no Brasil o professor não seja valorizado. Ele não tem o devido reconhecimento pelo seu trabalho que é de fundamental importância para a formação das pessoas”, afirmou.
Froes informou ainda que o piso salarial estava fixado em R$ 1.091,00 e que só recentemente subiu para R$ 1,4 mil. “Ainda assim está muito longe de remunerar dignamente o trabalho do professor”, critica o líder sindical.
“Portanto, nesse dia 15 de outubro vamos comemorar o que? A falta de condições dignas de trabalho? As jornadas excessivas e esgotantes dos professores? Afinal, o que temos para comemorar ?” questiona o sindicalista.
A diretoria do Sintrae diz que os professores são verdadeiros heróis, pois exercem com todas essas dificuldades o seu sacerdócio na arte de ensinar, de formar cidadãos competentes para os mais variados mercados de trabalho.
O presidente da entidade comparou o piso salarial pago hoje no Brasil com o que se paga em países de terceiro mundo. “É preciso avançar mais na remuneração dos professores. Governo e donos de escolas precisam se conscientizar de que os valores até agora aqui tratados são piso e nunca um teto”, explicou.
Por: Da Redação