A Polícia Federal em Ponta Porã cumpriu sete de oito mandados de prisão relativos ao caso do cacique Nisio Gomes. Cinco fazendeiros de regiões de fronteira, um advogado e um funcionário público já foram presos, suspeitos de envolvimento na morte do cacique. O oitavo mandado não foi cumprido ainda porque a pessoa não foi encontrada e deve estar foragida. A Polícia Federal não tem qualquer dúvida de que Nisio foi assassinado e prossegue com as buscas para encontrar o corpo do cacique.
De acordo com a a PF, Nisio Gomes “foi morto por pessoas vinculadas a uma empresa de segurança privada da cidade de Dourados”. O proprietário e funcionários foram indiciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e formação de quadrilha. Eles estão presos mas não confessaram participação na retirada dos índios ou na morte de Nisio Gomes.
o delegado federal de Ponta Porã, Jorge Figueiredo disse que o paradeiro de Nísio é um mistério. Segundo Figueiredo, a demora para localizar Nísio ou seu corpo se deve às características do crime.
O cacique está desaparecido desde o dia 18 de novembro, quando cerca de 40 pistoleiros encapuzados e armados invadiram o acampamento indígena, atirando e agredindo adultos e crianças. De acordo com os índios, entre eles o próprio filho do cacique, Valmir Gomes, Nísio teria sido atingido por disparos e seu corpo levado, ensanguentado, pelos pistoleiros.
“Houve, de fato, um ataque [ao acampamento]. Isso já foi comprovado e algumas pessoas identificadas”, garantiu o delegado, lembrando que três pessoas foram presas no início de dezembro, suspeitas de participar do atentado, mas libertadas em seguida.
Durante as investigações, os agentes federais reuniram indícios de que quatro fazendeiros e um advogado haviam contratado pessoas ligadas a uma empresa de segurança de Dourados para que retirassem os indígenas da Fazenda Nova Aurora, que fica em uma área anteriormente reconhecida como sendo indígena. Além dos supostos mandantes, dois administradores e três funcionários da empresa de segurança foram indiciados. (Dourados Agora)
Por: Da Redação