A paralisação de 24 horas da rede estadual de educação deixou escolas fechadas nesta quinta-feira. Conforme a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), o movimento atinge 75% da rede estadual, formada por 365 escolas. Em Campo Grande, a adesão, conforme a federação, é de 90%.
No Colégio Joaquim Murtinho, na Avenida Afonso Pena, o portão está fechado com cadeado. No local, não há informativo sobre a manifestação dos professores. Na escola Lúcia Martins Coelho, no Jardim dos Estados, o protesto afetou 1.350 estudantes. No prédio, uma funcionária da secretaria disse que está no local para informar os alunos, mas que apenas “um ou dois” apareceram hoje para estudar.
Nesta quinta-feira, 20 mil professores suspenderam as atividades, o que deve deixar 270 mil alunos sem aulas em todo Mato Grosso do Sul. A Educação ainda conta com cinco mil administrativos.
A paralisação é em protesto contra o Projeto de Lei 48/2015, que altera regras para as eleições de diretores na rede estadual de ensino. A proposta está em análise na CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) da Assembleia Legislativa. O deputado José Carlos Barbosa (PSB) pediu vistas. A previsão é que a comissão analise o projeto na semana que vem, só então ele segue para votação em plenário.
A Fetems quer a participação de todos os alunos a partir de 12 anos na escolha dos diretores de escolas, enquanto o governo quer limitar a idade mínima a 14 anos de idade.
A entidade também cobra a possibilidade de todos os profissionais da educação (professores e funcionários administrativos) concorrerem aos cargos de diretores e diretores adjuntos, conforme previsto na Lei Complementar 87/2000. O pleito contraria a posição da secretaria estadual de Educação, que limita a disputa somente aos professores.
No período da manhã, os professores vão acompanhar a sessão na Assembleia. A partir das 14 horas, no pátio da Casa de Leis , os trabalhadores vão realizar uma assembleia geral.
A assessoria de imprensa da SED (Secretaria Estadual de Educação) informa que só amanhã terá o dado de quantas escolas aderiram à mobilização. A secretaria vai entrar em contato com cada colégio para saber o dia de reposição, que deve ser feito obrigatoriamente no mês de maio. A escolha deve ser entre o dia 16 e 23, que caem no sábado. O sábado de 30 de maio já é dia letivo. (CG News)
Por: Da Redação