Empresários do setor de revenda de combustíveis em Mato Grosso do Sul já estão se preparando para a inevitável alta de preços em função do aumento dos custos dos postos de serviços. Reajuste dos salários dos funcionários, investimentos visando a adequação às leis ambientais e aumento das despesas com encargos sociais e insumos são algumas das questões levadas em consideração pelos empresários.
De acordo com Edson Lazaroto, consultor do sindicato que congrega a categoria, o Sinpetro, atualmente o preço médio da gasolina está em R$ 2,60. “É provável que este valor seja reajustado em pelo menos 10%, já que apenas os salários dos trabalhadores tiveram reajuste de 9,23%”, argumentou, explicando que o valor médio do litro do combustível deve ficar em R$ 2,86.
Além dos custos com a folha de pagamentos, muitos empresários estão segurando os preços sem repassar custos que incidiram sobre a revenda no final do ano passado e início de 2012. “Muitos deles estão enfrentando dificuldades e hoje acenam não terem mais condições de segurar os preços”, explicou Lazaroto.
Ele lembrou que nos últimos anos os empresários foram obrigados a promover altos investimentos a fim de adequar os seus estabelecimentos às exigências da legislação ambiental. “Tanques em diversas unidades foram trocados, estamos investindo na instalação de caixas coletoras de resíduos e ainda temos que arcar com custos permanentes com o monitoramento da qualidade da água e do solo em nossas unidades”, ressaltou Edson Lazaroto.
“Infelizmente, os empresários são obrigados a absorver esses custos e repassá-los ao preço final dos produtos, na bomba”, ressaltou Lazaroto, ao justificar que “o repasse é conseqüência normal não só no segmento da revenda de combustíveis, “mas também em qualquer outra atividade econômica da iniciativa privada em nosso País”.
Por: Da Redação