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Para Puccinelli convênio com governo federal poderia resolver problema do sistema prisional de MS

 

Estabelecer convênio com o governo federal para que a União assuma em parte ou na integralidade os custos dos presos que cometem crimes considerados de natureza federal ou conexos a esses crimes seria uma alternativa para que o Estado de Mato Grosso do Sul economizasse e revertesse esse montante gasto em ações de segurança pública. A avaliação do governador André Puccinelli foi feita durante entrevista ao Programa Tribuna Livre, da Capital FM, na manhã desta segunda-feira (8).

“O problema é que nós bancamos este tipo de preso sozinhos, não temos nenhum convênio com o governo federal para ajudar. Me custa R$ 1,4 mil por mês manter este preso. Não existe convênio nenhum do governo federal para bancar este preso de crime federal”, alegou André ao enfatizar que esta parceria é uma das maneiras para solucionar problemas no sistema penitenciário e na segurança pública do Estado.

O governo do Estado tem feito sua parte, segundo o governador ,criando novas vagas no sistema prisional. “Nós começamos o nosso governo [em 2007] com 4.200 vagas para presos aqui no Estado e vamos entregar com mais ou menos 8.100 vagas, ou seja, quase que dobramos o número de vagas nos presídios.Teremos para essas vagas cerca de 13 mil presos”, contabilizou.

Os números seriam ainda melhores na avaliação de Puccinelli se fossem desconsiderados cerca de 7 mil presos que estão nas cadeias de Mato Grosso do Sul pela prática de crimes avaliados como de natureza federal ou conexos ao crimes federais. “Se o governo federal construísse presídios federais para abrigar esses presos a nossa despesa seria aliviada e teríamos folga [nos custos]”, contabilizou.

O governo do Estado tem buscado soluções para esta questão. André lembrou durante a entrevista que em Mato Grosso do Sul já estão em construção um presídio masculino (603 vagas) e um feminino (407 vagas), além disso as ações de segurança pública somam mais 100 novas vagas em Ponta Porã, a incorporação de duas cadeias lineares com 500 vagas, sendo 250 em Dourados e outras 250 em Campo Grande.

Mais investimentos

Os investimentos em segurança pública ainda são somados a novos equipamentos, capacitação do efetivo e contratação de novos policiais militares e civis. Puccinelli citou que o número de vagas nos concursos públicos para policiais foi aumentado para atender a demanda da segurança da população.

“Nós ampliamos o número de vagas para possibilitar a quantidade de policiais não só militares, mas também civis para encher a academia”, disse André ao reforçar que o número de candidatos convocados é relativo à capacidade de treinamento de cada instituição. “O número de policiais que está fazendo academia hoje é a quantidade suportada por ela. Logo após isso – já que encurtamos o prazo para que possam, com um treinamento intensivo serem chamados – possivelmente, não é certeza, mais outros policiais tantos civis quanto militares deverão ser chamados”, finalizou o governador.

 

Por: Da Redação