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Operário denuncia possíveis irregularidades na FFMS ao MPE

O presidente do Operário Futebol Clube, Tony Vieira

O presidente do Operário Futebol Clube, Tony Vieira, por meio de um advogado, entrou com uma representação no Ministério Público Estadual (MPE) contra a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) na tarde de ontem (24). Vieira alega que o clube MS Saad disputa o Campeonato Estadual de Futebol irregularmente, uma vez que, tem CNPJ do estado de São Paulo e não do Mato Grosso do Sul.

O presidente da FFMS, Francisco Cezário informou que só se manifestará após comunicado oficial do MPE

“Eles não têm e nem vão ter. Eu estou com a certidão do cartório. Um documento que mostra que o Saad Futebol Clube é registrado na Federação Paulista de Futebol” afirmou, mostrando uma certidão negativa comprovando que o Saad não tem registro como clube no Mato Grosso do Sul. “Ele (o clube) deveria ter um edital de convocação, com trinta dias, fundar um time, tem que ter pessoas que moram em Campo Grande e tem endereço próprio aqui. Depois de feito isso, tem que homologar toda a documentação dentro das normas que exige a CBF. Depois de feito isso, vai no cartório e faz o documento. Após 15 dias sai a certidão. Aí, vai na Receita Federal, documenta o estatuto e sai o CNPJ para eles. Isso não está tendo. Estamos jogando contra um fantasma”, acusou.

O Operário também alega que alguns jogadores do Rio Verde não teriam registro como profissional na FFMS e, ainda assim, estariam disputando o campeonato. Segundo denúncia, na relação dos jogadores do Rio Verde não há o número de inscrição na Federação, constando apenas o número do CPF do jogador. “Na maioria não existe mais. Tem gente que já está jogando no Rio Branco. Então, tem outros jogando no lugar deles”, denuncia.

Tony ainda acusa a federação de “arrumar” um cartão amarelo só para prejudicar o clube, alegando que a iniciativa foi tomada depois que descobriram que o Operário entraria com as representações. “Nosso time jogou em Maracaju e não recebeu o controle de penalização da partida. Ai, na súmula, feita depois, apareceu o cartão. O goleiro, Macarrão, disse que quem tomou o cartão foi o Jeferson e não o Reinaldo. Tinha que ter entregue na hora que acabou o jogo. Quem vai garantir que o cara não colocou o cartão depois?”, questionou Vieira. O presidente do Operário diz que a perseguição ao clube não vem de agora. Ele lembra de um caso em 2009 onde um jogador tomou o terceiro cartão amarelo sem ter ido ao jogo, uma vez que estava machucado.

“Quem vai investir no futebol assim? A gente investe tempo porque gosta. Qual o lucro nosso hoje? É time jogando sem CNPJ, irregular. O Rio Verde a gente sabe que não tem nem presidente. Como é que está jogando o campeonato?”, argumentou.

Tony também acusa o Aquidauanense de não ter registro como time profissional, alegando que o clube tem o estatuto de escolinha de futebol amador: “Vocês lá têm um contrato social da sua empresa. A qualificação é comunicação. Aí eu pergunto para você: Você pode vender remédio? A qualificação do Aquidauana é só o base. Não pode jogar o profissional”, explicou, dizendo que tirou uma cópia do estatuto no cartório de Aquidauana, comprovando irregularidades no documento do clube. “Mudou o nome, mas o estatuto continua o mesmo”, acusou.

O presidente do Operário alega ainda que não foi comunicado sobre a audiência que decidiria se o time perderia ou não os seis pontos no campeonato e que recorreu através da imprensa. “O resultado da sentença não foi divulgado. Ficamos sabendo através do site da federação e a imprensa também falou. Foi divulgado no dia 6, às 13h58. Acontece que o prazo só passa a correr depois que foi comunicado e nós nem fomos intimados. Entramos com recurso recorrendo e falou que tinha vencido o prazo”, explicou.

O presidente do Operário vai entrar com as representações contra a FFMS por irregularidades nos três clubes, em três processos diferentes. Tony esteve na Câmara Municipal de Campo Grande nesta manhã para pedir ao vereador Alex (PT) que leve o caso ao conhecimento do senador Delcído Amaral (PT). “Qual que é o objetivo principal? Moralizar o futebol. Já entramos com o do Saad, foi colocado um processo, vamos entrar com outro processo, o do Rio Verde. Artigo 234 do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) é muito claro: Deu reincidência da direção da Federação, eles estão eliminados do desporto. Depois também está documentado falsificação de documento”, concluiu.

Procurado pela reportagem do Capital News, o presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, informou que só comentará a representação após ser comunicado oficialmente pelo MPE, mas lamentou as acusações do presidente do Operário “Só temos que lamentar. Vamos aguardar até o domingo” finalizou. No domingo, o já rebaixado Operário Futebol Clube cumpre tabela enfrentando o MS/ Saad Esporte Clube no Estádio Noroeste em Aquidauana, às 15 horas.

 

Por: Da Redação

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