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Obra do Aquário do Pantanal conta com 37% do projeto inicial já executado

Obra do Aquário do Pantanal conta com 37% do projeto inicial já executado

Com 37% do total da obra já executados, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Ictiofauna Pantaneira, o Aquário do Pantanal, está com o cronograma de obras em dia com o programado pelo planejamento estratégico desta fase. Já foram construídos 40% das lajes dos pavimentos dos aquários e 50% da laje que receberá a cobertura feita de estrutura metálica.

Até o momento já foram executados a laje da esplanada de acesso ao Aquário do Pantanal; três níveis de lajes que vão comportar parte do mezanino, o aquário e o pavilhão de cobertura e o túnel de água que vai atender o aquário que receberá o nome de Rio Paraguai. Todas as fundações da obra já foram 100% concluídas.

De acordo com o engenheiro Atanasio Argeropulos, gerente de contratos da empresa responsável pela obra, já está em andamento a preparação das bases que receberão os acrílicos dos aquários. Para esta etapa serão utilizadas 61 toneladas de acrílicos que devem estar na obra até o mês de setembro. “Serão necessários cerca de quatro meses para este processo ser finalizado totalmente. Depois de colocados os acrílicos serão necessários a realização de testes hidrostáticos”, explicou o engenheiro.

A estrutura da cobertura, que terá 225 toneladas de estrutura metálica e cobrirá uma área de 1.809 metros quadrados, terá início assim que o material já estiver em Campo Grande. “Este material todo está vindo da Espanha e será montado aqui. Assim que chegar, daremos início a esta etapa”, disse o engenheiro residente da obra Paulo Leandro Ruiz Cândido. A previsão é de que a estrutura metálica fique pronta no início do próximo ano, incluindo a instalação dos vidros. Após estas duas etapas a obra já estará com 70% executada.

Além da colocação dos acrílicos e da estrutura metálica, estão previstas a execução da cobertura de zinco de titânio, vinda da Holanda e o revestimento de madeira. “Já temos empresas para nos atender, que irão fornecer a matéria prima e toda mão de obra, bem como pessoal devidamente qualificado para lidar com este tipo de materiais. Estamos trazendo tudo isso de outros países devido a escassez deste tipo de fornecedor no Brasil”, ressaltou o engenheiro Atanasio Argeropulos.

Destaque

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Ictiofauna Pantaneira tem recebido destaque nacional e internacional. Diversos órgãos públicos têm procurado a empresa responsável pela obra para conhecer o processo, e como está sendo executada a obra. “O secretário de Obras do Pará virá a Mato Grosso do Sul conhecer o Aquário para poder levar até o seu Estado um projeto que contemple a fauna e flora daquela região. Já tivemos também pessoas de Israel, bem como de outros estados brasileiros como é o caso de Mato Grosso, Goiás e Cerá, interessadas neste projeto. No Ceará existe projeto parecido em andamento”, ressaltou o engenheiro Atanasio.

“Estas pessoas vêm conhecer as tecnologias que estão sendo aplicadas nesta obra. É um empreendimento pioneiro e inovador, o maior aquário de água doce da América Latina e do mundo. Toda esta estrutura para colocar o aquário em funcionamento agrega um valor enorme aos profissionais aqui envolvidos”.

Ações

Durante a obra do Aquário do Pantanal existe uma preocupação com a preservação do meio ambiente e com a saúde dos trabalhadores. Mecanismos de contenção de água da chuva, devido ao desnivelamento da área, têm sido adotados pela empresa responsável pela obra. A coleta seletiva para que não ocorram impactos no Parque das Nações Indígenas, também é um dos ítens levados em consideração. A empresa tem reaproveitado o aço utilizado na obra, de acordo com as normas e permissões técnicas, para amenizar impactos no meio ambiente.

Uma equipe do setor de arqueologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) em parceira com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) tem, desde o início, acompanhado e monitorado as escavações no canteiro de obras, realizando estudos e palestras com os funcionários.

Com o intuito de conscientizar os trabalhadores da obra, uma equipe de 140 funcionários, entre corpo técnico e operacional, na área da saúde integrantes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) tem proferido palestras educativas, trazendo informações de combate a dengue e outras doenças possíveis de serem encontradas em canteiros de obras, por possuírem resíduos de construções, além de monitorarem com frequência o local.

Aquário do Pantanal

O Aquário do Pantanal, maior aquário de água doce do mundo, que está sendo construído no Parque das Nações Indígenas, com entrada pela avenida Afonso Pena, pretende abrigar 263 espécies de peixes, entre as pantaneiras de escama e couro. Com uma área de 18,6 mil metros quadrados o Aquário do Pantanal vai abrigar 24 tanques de aquários, somando um volume de água de aproximadamente 6,6 milhões de litros. A área construída ocupará uma área de 10 mil m2, abrangendo aquários, laboratório, biblioteca e um espelho d’água na parte externa onde ficarão jacarés e plantas típicas da flora pantaneira.

Serão aproximadamente sete mil animais em exposição, subdivididos em mais de 200 espécies (peixes, invertebrados, répteis e mamíferos). Serão retratados, por exemplo, as baías, por meio de tanques rasos, que incluirão várias espécies típicas de filhotes de peixes e cenografia que reproduz o ambiente das grandes lagoas pantaneiras, retratando seu papel de berçário da vida aquática.

O local será uma das instituições culturais mais visitadas do Brasil e será economicamente sustentável, transformando-se no principal centro impulsionador do turismo sul-mato-grossense. O Aquário deverá aumentar significativamente o afluxo de turistas, beneficiando também o setor hoteleiro, transportes aéreos e afins. O espaço servirá ainda como maior centro do País de difusão do conhecimento sobre a biodiversidade pantaneira.

 

Por: Da Redação

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