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MS: Ocorrências de incêndios diminuem, mas Corpo de Bombeiros mantém atenção

A chuva que chegou a Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira (22) deve ajudar a manter a tendência de redução na ocorrência de incêndios florestais em um período que é normalmente crítico. No primeiro semestre de 2011 e incluindo os vinte primeiros dias de julho, o registro de focos foi em torno de 37% menor em relação ao mesmo período de 2010. De janeiro a julho do ano passado, ocorreram 620 casos de incêndios em vegetação. De janeiro até 20 de julho deste ano, as estatísticas apontam 396 casos.

O comparativo positivo não significa que a atenção deve diminuir. O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Ociel Ortiz Elias, alerta que todo cidadão deve agir de forma a não provocar os focos de incêndio. Ao mesmo tempo, a Corporação está de prontidão para reforçar os efetivos operacionais, como foi feito no ano passado, caso seja necessário formar novos grupamentos de combatentes.

“Com a chuva, a tendência é diminuir as ocorrências. Mas se o tempo voltar a ficar seco e permanecer a estiagem, podemos lançar mão de pessoal para ajudar nos combates”, explica o comandante. No inverno de 2010, o Corpo de Bombeiros montou brigadas extras com emprego de pessoal que atua no setor de apoio administrativo para reforçar a contenção dos incêndios. O ano fechou com 1.185 ocorrências, bem acima do que foi registrado em 2009, quando aconteceram 698 casos.

No primeiro semestre de 2011, o mês mais crítico foi maio, que registrou 219% a mais de ocorrências em relação a 2010. Em todos os outros meses e também no início deste segundo semestre, as ocorrências foram menores.

Neste ano, diversas ações preventivas já vinham sendo adotadas para evitar o alastramento de fogo em vegetações. Em uma delas, programada para ser concluída hoje (22), militares do Centro de Proteção Ambiental (CPA/Bombeiros) e militares que possuem o Curso de Prevenção e combate a Incêndios Urbanos deram treinamento de queimada controlada na fazenda da Embrapa na BR-262, na Capital.

“A Embrapa tem no local trabalhos experimentais, e no ano passado houve perdas por conta de fogo que veio da beira da estrada. Na queimada controlada orientada pelos bombeiros foram feitos aceiros ao longo do contorno desde a saída para Rochedo até a saída para Aquidauana, para evitar a propagação de eventual incêndio vindo de fora na propriedade”, diz o comandante Ociel.

Provocar incêndios é crime, previsto em legislações de municípios, estados e em leis federais e também no Código Penal. Na Capital, quem ateia fogo em terrenos na área urbana pode ser multado em valores que vão de R$ 1,3 mil a R$ 5,2 mil. Pela Lei Federal de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) o incêndio de matas e florestas implica em pena de reclusão de dois a quatro anos. No Código de Processo Penal, a ilegalidade se enquadra no artigo 250 – crime de incêndio, quando causa prejuízos a terceiros, ou expõe a perigo a vida ou a integridade física. Neste caso, o autor pode ser condenado a prisão que varia de três a seis anos, e ter que pagar multa.

“A fumaça piora a qualidade do ar, causando doenças respiratórias, o que agrava as condições que já são ruins nesse período de umidade do ar baixa”, alerta o comandante Ociel Ortiz Elias. Na área urbana ou ao longo de rodovias, o fogo e a fumaça põem em risco residências, redes de energia, de telefonia e outras instalações de serviços públicos. Perigo também para quem está nas estradas – focos de incêndio são causas de visibilidade ruim, dificuldade de tráfego de veículos, e risco de acidente.

“As pessoas devem estar atentas a esses riscos e tomar atitudes conscientes, como não colocar fogo em lixo, ou para limpar terreno e tirar vegetação; não jogar toco de cigarro na beira de estrada; e até evitar fazer fogueira em uma atividade de lazer como a pescaria”, orienta o comandante do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul.

 

Por: Da Redação

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