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MS: Justiça Federal nega pela terceira vez transferência de ex-bicheiro

 

A Justiça Federal de Mato Grosso do Sul (MS) prorrogou pela terceira vez a permanência do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro no Presídio Federal de Campo Grande. A 5ª Vara da Justiça Federal decidiu mantê-lo até setembro deste ano no estado vizinho. O ex-bicheiro é apontado pela Justiça como o chefe do crime organizado em Mato Grosso e mandante de sete assassinatos.

Arcanjo foi transferido de Cuiabá (MT) para Campo Grande (MS) em outubro de 2007. A defesa dele protocolou recursos para trazê-lo de volta a Mato Grosso, mas todos os recursos acabaram sendo rejeitados pela Justiça.

Entre os crimes, Arcanjo teria contratado o serviço de pistolagem do ex-cabo da PM Hércules de Araújo Agostinho e do ex-soldado Célio Alves de Souza. Eles foram condenados recentemente a cumprir 16 anos de prisão pela morte do empresário Mauro Sérgio Manhoso.

Hércules já cumpria pena de mais de 117 anos de prisão por vários crimes cometidos em Mato Grosso. Célio Alves também já havia sido condenado a 82 anos de prisão em regime fechado também por vários homicídios.

Manhoso foi assassinado com nove tiros em outubro de 2002, quando saía do trabalho. O crime teria sido cometido porque a vítima queria instalar em Mato Grosso uma loteria concorrente ao jogo do bicho chefiado por Arcanjo.

O ex-bicheiro também foi denunciado por mandar matar o empresário Domingos Sávio Brandão, assassinado a tiros em 2002. Sávio era empresário e proprietário do jornal Folha do Estado, que publicava denúncias contra Arcanjo. (G1-MT)

 

Por: Da Redação