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Militares recusam proposta e marcam ato público para sábado

Servidores militares de Campo Grande rechaçaram, durante assembleia na manhã desta quinta-feira (16), a última proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo do Estado. Com isso, uma manifestação foi marcada para o próximo sábado, às 10h, na Praça do Rádio Clube, região central da Capital. Um nova assembleia, agora com policiais e bombeiros de todo o Estado, está marcada para segunda-feira, no mesmo horário, na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul).

Segundo Edmar Soares da Silva, presidente da ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), a possibilidade de um aquartelamento é iminente. “Se não chegar até a categoria uma proposta convincente, eu vou propor o aquartelamento na segunda-feira. Espero que a tropa me acompanhe e arco com toda e qualquer responsabilidade sobre essa mobilização. Se alguém for preso, que seja o presidente”, cravou.

A categoria pleiteava, desde o ano passado, uma política de valorização até 2015. Após a negociação salarial de 2012, porém, compromissos assumidos pelo governador André Puccinelli (PMDB) não foram cumpridos, segundo Edmar. “Hoje tem policial comprando fardamento e coturno. Daqui a pouco vão começar a comprar armas e munições. No ano passado eu assumi a responsabilidade, mas essa responsabilidade é toda do governo”, completou.

A última proposta apresentada sugeria um reajuste de 7% em 2013, 8% em 2014 e, em 2015, 14% e 20%, para cabos e soldados, respectivamente. Agora a categoria vai aguardar uma nova proposta do Executivo até segunda-feira. “Vamos sugerir também a instauração de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com o intuito de saber para onde estão sendo destinados os recursos da segurança pública. A PM não está sendo contemplada”, afirmou.

O presidente da ACS convocou ainda todos os policiais militares do Estado para a manifestação. Eles deverão trajar camisetas pretas, em sinal de protesto, e, se possível, levar familiares para o movimento. “É por eles que estamos aqui”, justificou.

Apoio – Cláudio Souza, vice-presidente da entidade, também fez coro ao movimento. “Há muito tempo venho debatendo para que a Associação tome essa atitude. Vamos deixar as críticas de lado e nos unificarmos para o bem maior, que é um percentual de reajuste mais justo para a categoria”, pregou.

Ele foi acompanhado por diversos diretores regionais, caso de Adamor Abreu de Oliveira Filho, que dirige a ACS em Corumbá. “As regionais acompanham e apoiam a Capital sobre a deliberação de hoje. Três Lagoas, Corumbá, Naviraí, estamos juntos. Estaremos todos presentes, o interior vai ter presença maciça para apoiar o movimento no sábado”, garantiu.

 

Por: Da Redação

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