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Mato Grosso do Sul quer ser oportunidade para italianos na superação da crise europeia

Em italiano, o governador André Puccinelli apresentou no painel de abertura o panorama atual e as perspectivas concretas que empresas de todos os portes vão encontrar em Mato Grosso do Sul

 

Em italiano, o governador André Puccinelli apresentou no painel de abertura o panorama atual e as perspectivas concretas que empresas de todos os portes vão encontrar em Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul fala a língua da Itália quando o assunto é busca e oferta de oportunidades para intercâmbio econômico e investimento. No fórum e rodada de negócios entre governos e empresários nacionais e territoriais dos dois países que está acontecendo em São Paulo, o estado foi destaque ao mostrar como novos segmentos da economia estão se abrindo e sendo incentivados pelo governo.

Internacionalizar as empresas de seu País e concretizar investimentos em parcerias no Brasil é uma necessidade para a Itália e também uma oportunidade para os estados brasileiros, conforme avaliou o presidente da região de Marche (equivalente a um estado) e um dos coordenadores da ampla missão italiana que está no Brasil, Gian Mario Spacca. “A Europa e a Itália estão em momento difícil da economia, que chama também a solidariedade das outras áreas econômicas do mundo. Por isso a oportunidade de criar uma colaboração pode resultar no crescimento útil a todos, especialmente a Itália e ao Brasil”, defendeu.

Na defesa de Mato Grosso do Sul como um caminho para essas oportunidades, André Puccinelli mostrou aos empresários e autoridades que lotavam a platéia a situação das fronteiras, as rodovias, ferrovias e hidrovias de divisas, o perfil socioeconômico, as áreas em desenvolvimento, com projetos de melhoria já concretizados ou em execução. “É um estado novo, que está se industrializando, e para isso temos nove projetos estratégicos, de linhões de energia, de rodovia na região Sul Fronteira e de integração no Norte”, mostrou o governador. Puccinelli citou as iniciativas, incentivos e buscas de parcerias que visam dar sustentatibilidade à diversificação que Mato Grosso do Sul já vem obtendo, avançando da produção de carne e grão, para, por exemplo, as novas indústrias de papel e celulose, açúcar e energia renovável. “Damos um incentivo grande a produção de etanol e açúcar e energia. Hoje temos 24 empresas funcionando e 12 em estudo”.

No panorama, o governador também destacou o cuidado ambiental, a partir do Zoneamento Ecológico-econômico, e projetos que aliam desenvolvimento e conservação, sendo o principal deles o Aquário do Pantanal.

Os italianos puderam também conhecer as oportunidades nas terras agricultáveis que MS ainda tem a incorporar, o avanço na industrialização da carne e aproveitamento do couro, e grandes projetos industriais como a fábrica de fertilizantes da Petrobras.

Outra oportunidade de investimentos está aberta a parceiros em PCHs. “Temos todo um estudo para fornecer do nosso potencial energético para investidores”, frisou Puccinelli.

Incentivos fiscais

Ao apresentar os incentivos fiscais, o governador sul-mato-grossense lembrou que embora com a infraestrutura viária crescendo, o Estado ainda é novo e está longe do litoral, por isso existe a estratégia de fornecer, em parceria com as prefeituras, diversas isenções, por meio do MS Empreendedor. “Pode chegar a até 90% para indústria de produto que ainda não tenha nenhum similar”, explicou.

Ele destacou que para esse apoio público, a participação das prefeituras é fundamental, e que existe compromisso firmado com os municípios sul-mato-grossenses de também abrirem mão de taxas e tributos para se tornarem competitivos.

Moderador do painel, o diretor da Fiesp, Thomas Zanotto, falou com otimismo de um dos pontos de preocupação do governador do Estado, a infraestrutura para transporte da produção. Ele lembrou que é um projeto prioritário do governo brasileiro a ligação ferroviária do Porto de Paranaguá, no Paraná, aos portos do Pacífico, passando pela Argentina e chegando ao Chile. “Assim as exportações do Centro-Oeste brasileiro poderão sair pelo [Oceano] Pacífico e ganhar competitividade, porque hoje, sai mais caro embarcar no Atlântico e dar a volta. Entendo, governador, que isso vai avançar bastante”, afirmou Zanotto, no encerramento do painel.

 

Por: Da Redação