Jornada de 40 horas, fim do Fator previdenciário e terceirização são cobrados de parlamentares de MS
A redução de jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais; o fim do Fator Previdenciário, que reduz em até 40% o valor das aposentadorias e a não aprovação da terceirização no País, são alguns dos assuntos que já estão sendo trabalhados junto aos parlamentares veteranos e recém chegados à Câmara dos Deputados e Senado Federal, pelo movimento sindical brasileiro, formado por centrais sindicais, confederações, federações, sindicatos e outros organismos que representam os trabalhadores.
A bancada de Mato Grosso do Sul é uma das metas do movimento sindical do Estado, informa José Lucas da Silva, coordenador da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB e presidente da Feintramag MS/MT (Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso).
“Vamos pressionar nossos parlamentares para que aprovem essas medidas que vão de encontro aos anseios e necessidades do povo brasileiro”, afirma José Lucas que é diretor também na CNTC (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio).
O Fator Previdenciário, por exemplo, segundo José Lucas, promove uma das maiores injustiça que se poderia fazer contra os trabalhador que dedica a maior parte de sua vida trabalhando duro e na hora de aposentar, vê seu salário reduzido quase pela metade. “Isso é inconcebível. Nossos políticos eleitos e reeleitos em outubro do ano passado, não podem permitir que esse quadro perdure, sob pena de serem alijados do processo político pelo poder do voto do povo brasileiro”, afirma o sindicalista.
TERCEIRIZAÇÃO – A proposta de terceirização, segundo José Lucas, é uma das mais nocivas contra os direitos dos trabalhadores. “Tudo o que conhecemos hoje, que é resguardado pela CLT, pode mudar com essa famigerada terceirização, que precariza o emprego”, afirma bastante contrariado, o sindicalista sul-mato-grossense.
Além dos trabalhadores, outro maiore prejudicado também com esse sistema de terceirização da mão de obra, é a Previdência Social, que perderá com o valor dos salários que diminuirão nas carteiras de trabalho. “Ora, a empresa terceirizada vai querer ganhar, e muito, em cima do trabalhador e, com isso, vai passar a pagar baixos salários e, consequentemente, o recolhimento da Previdência Social será menor”, afirma José Lucas.
Outro problema que a terceirização vai provocar, segundo o sindicalista, é a sonegação de tributos, já que muitas dessas empresas vão efetuar pagamentos “por fora”, sem recolher Imposto de Renda, Previdência Social, FGTS e outros tributos públicos. O movimento sindical brasileiro promete cobrar pesado os parlamentares para que fiquem do lado do trabalhador. “Vamos fazer marcação cerrada junto aos nossos parlamentares”, garante José Lucas.
Por: Da Redação