A iniciativa do Governo do Estado de trabalhar em três frentes para aumentar o número de trabalhadores com formação profissional, foi enaltecida pelo Fórum Sindical dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul – FST/MS, organismo que reúne dezenas de sindicatos e federações no Estado. “Precisamos com urgência de cursos diversos para formação de mão de obra especializada em diversas áreas, principalmente na industria”, comentou José Lucas da Silva, coordenador geral do fórum e presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de MS e MT – Feintramag.
O sindicalista informou que a governadora em exercício, Simone Tebet anunciou esta semana que é preocupação do Estado a formação de mão de obra no mercado. Segundo Simone – em entrevista a uma emissora de rádio – “estamos trabalhando em três frentes”, apontando a atuação do Governo em parceria com institutos federais; ação direta por meio dos centros integrados de atendimento ao trabalhador e em articulação também com a Federação das Indústrias de MS (Fiems) e o sistema “S” (SESI, SENAI, SESC, SENAC) e SEBRAE.
José Lucas informou que a abertura de novos cursos e novas oportunidades principalmente para os jovens, vai permitir que muitos entrem no mercado de trabalho com uma profissão, ganhando melhores salários e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida das famílias. Além disso, essa pode ser a oportunidade também para aqueles que estão há algum tempo no mercado de trabalho mas sem uma profissão definida. “Precisamos agora incentivar as pessoas a procurarem essas oportunidades oferecidas e que na maioria dos casos, são cursos rápidos e com retorno financeiro garantido. Portanto, vale a pena sim o esforço de se qualificar ou aperfeiçoar profissionalmente”, afirma o coordenador geral do FST/MS.
PRECONCEIRO
O líder sindical disse ainda que muitos jovens têm preconceito de desfrutar desses cursos rápidos que podem garantir oportunidades de emprego e bons salários. “Muitos jovens pensam somente em cursos numa universidade e desprezam os cursos técnicos oferecidos. Eles se esquecem que esses cursos rápidos podem servir de trampolim para futuras novas conquistas”, explica.
Para José Lucas, o Governo deveria desenvolver uma campanha para conscientizar pais e jovens sobre a importância dos cursos rápidos oferecidos hoje e que podem ser ampliados amanhã, para beneficiar futuros empregados em diversos setores do mercado de trabalho que anda bem aquecido em todo o Brasil.
O coordenador do FST/MS citou o caso da indústria da construção civil que precisa, com urgência de centenas de trabalhadores só em Campo Grande e não consegue preencher seus quadros. Muitos que tentam entrar no mercado não possuem qualificação e isso dificulta bastante o andamento das obras, dos projetos em execução na cidade.
Falta mão de obra também para suprir a demanda das indústrias sucroalcooleiras do Estado. “Os jovens, principalmente, precisam ser mais ousados e procurar ocupar esses espaços. Isso não significa que não precisa almejar o caminho da universidade. Faça do serviço técnico um trampolim para um futuro melhor”, aconselha.
Por: Da Redação