Estado

Importação de gado da Bolívia para evitar demissões em MS

 

Apesar de Mato Grosso do Sul entrar agora no período de engorda bovina, o governo deveria facilitar a importação de boi em pé da Bolívia, já que o comércio com o Paraguai está inviável devido aos focos de febre aftosa detectados nesse país vizinho. A sugestão é de Rinaldo de Souza Salomão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação e Afins de Campo Grande e Região – STIAA-CG e tem por objetivo, segundo ele, suprir as indústrias do Estado e evitar possíveis demissões no setor.

“Apesar das chuvas no Estado, que estão fortalecendo as pastagens, a engorda do gado para abate ainda vai demorar um pouco. Por isso sugerirmos às autoridades para que facilitem a importação de gado da Bolívia para que os nossos frigoríficos supram o mercado interno e cumpram com seus compromissos com o mercado externo”, explica o sindicalista que pretende encaminhar ofício às autoridades sanitárias e ao próprio Governo de Mato Grosso do Sul e ao Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho.

Para o sindicalista é preciso se antecipar aos possíveis problemas que o Estado e o País podem atravessar em áreas como esta. “Se o Paraguai está com problemas de aftosa, precisamos tomar todos os cuidados necessários para impedir a entrada de animais doentes para o Brasil e, ao mesmo tempo, temos que pensar em nossos compromissos com o mercado interno e externo”, diz Rinaldo que teme novas demissões caso os frigoríficos não cumpram com seus compromissos de exportação.

40 ESTÃO FORA

Outra preocupação do presidente do sindicato de trabalhadores é com o fechamento de 40 dos 90 frigoríficos brasileiros que estavam aptos para comercializar com o mercado externo. “Hoje, no Brasil, somente 50 frigoríficos estão trabalhando a todo vapor. Alguns desses que estão fechados estão em Mato Grosso do Sul. Não podemos permitir que industrias com potencial para empregar e gerar divisas fiquem assim, fechados, às moscas”, diz Rinaldo.

O sindicalista informou que essa é uma preocupação constante também da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins – CNTA Afins, Artur Bueno. “Em Brasília, nossa confederação tem brigado bastante para que esses outros 40 frigoríficos entrem em operação logo. Mesmo que por intermédio de outros proprietários”, ressalta Rinaldo.

 

Por: Da Redação