Embora Mato Grosso do Sul ainda tenha o melhor desempenho no enfrentamento a Covid-19 no cenário nacional, o histórico de baixo isolamento, que desde maio não atinge índices acima dos 50%, já reflete nos números de novos casos e de vidas perdidas. Nas últimas 24 horas, o Estado registrou mais três óbitos e 234 novos casos confirmados da doença.
Enquanto isso, MS segue na lanterna do ranking que mapeia as taxas de isolamento social do País. Com 36,1% de adesão nesta segunda-feira (15.6) o Estado ocupa a 25° posição entre as unidades da federação. Mesmo com a curva ascendente, a média de recolhimento continua a mesma das outras segundas-feiras de junho que apontaram 35,1% (8.6) e 37,4% (1.6).
Campo Grande ocupa o penúltimo lugar entre as capitais brasileiras com índice de 35,4% mapeado neste primeiro dia da semana. As regiões com maior movimentação foram: Vila Popular (16,1%), Tiradentes (16,7%), Rita Vieira (17,4%), Jardim Zé Pereira (20%), e Jardim Noroeste (20,5%).
Mesmo sendo o epicentro da doença no Estado, Dourados teve isolamento de 37,8% nesta segunda. O comportamento da população apresenta queda se comparado a primeira semana do mês de junho que registrou taxas acima dos 40% durante todos os dias úteis.
A alta movimentação e baixa adesão ao distanciamento social registrados em Campo Grande e Dourados, não são diferentes nos municípios do interior do Estado que teve o menor índice mapeado em Aral Moreira (22,9%) e o melhor em Paranhos (50%) para esta segunda. Confira aqui a relação completa de municípios.
Os números atuais da Covid-19, que já atinge 75% dos municípios de Mato Grosso do Sul, são reflexo da desobediência. O boletim epidemiológico atualizado desta segunda-feira (16.6) contabiliza 3.785 casos e 36 óbitos. Diariamente a Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta para a necessidade de permanecer em casa se possível, uso de máscaras e higiene.
“A participação de cada um é fundamental para que a evolução da doença não aconteça com a velocidade que está acontecendo aqui no Mato Grosso do Sul. O padrão de isolamento social no mundo todo é 70%, mas se conseguirmos atingir 60% muitas vidas serão preservadas”, alertou o secretário Geraldo Resende.
*Mireli Obando, Subcom / Foto: Chico Ribeiro