A greve nacional dos trabalhadores dos Correios tem início às 22 horas desta quarta-feira, 26 de abril. Em Mato Grosso do Sul, a assembleia realizada ontem, 25, deliberou pela adesão ao movimento. Segundo a presidente do SINTECT-MS (Sindicato dos Trabalhadores dos Corrieos de Mato Grosso do Sul), Elaine Regina Oliveira, a paralisação iniciará em todo país no turno da noite.
A última tentativa de conciliação para evitar a greve ocorreu ontem em reunião do presidente da ECT, Guilherme Campos, com representantes das duas federações que da categoria em nível nacional. Segundo Elaine a direção da empresa não cedeu em nenhum ponto das reivindicações e, dessa forma, as federações ratificaram o movimento paredista. “Nós queremos a negociação, mas essa direção dos Correios está intransigente. O governo Temer está determinado a levar até o fim o processo de desmonte dos Correios para promover a privatização. Infelizmente estão destruindo a imagem de uma empresa que sempre foi muito bem conceituada entre a população para justificar a privatização”
Entre as reivindicações dos sindicatos estão o abandono do plano de privatização, manutenção dos empregos e direitos adquiridos, não fechamento de agências (em MS já foram fechadas cinco e outras já foram anunciadas) e abertura dos livros contáveis da empresa. “Questionamos esse tão falado déficit dos Correios, que sempre foi uma empresa lucrativa e que repassa dinheiro para o governo federal gastar onde quiser. No ano passado foram mais de 300 milhões para as Olimpíadas, fora outros patrocínios. Como pode uma empresa que repassa tanto recurso para o governo ser deficitária. A federação contratou uma consultoria independente que fez um estudo bem fundamentado e temos elementos suficientes para afirmar que a ECT é uma empresa auto-sustentável, lucrativa, que repassa recursos para o governo e oferece um serviço essencial em todos os municípios do país.”
Segundo Elaine os trabalhadores dos Correios estão juntos também com as demais categorias contra as reformas da Previdência e Trabalhista. “Como os demais trabalhadores, nós também seremos prejudicados com essas alterações na aposentadoria e na legislação trabalhista”.
Por: Da Redação