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Greve atrasa entrega de um milhão de cartas em MS, dizem Correios

 

Em Mato Grosso do Sul, aproximadamente um milhão de cartas não foram entregues por causa da greve dos Correios. Por determinação da Justiça, os 170 funcionários da empresa no estado, que estavam em greve, voltaram ao trabalho nesta quinta-feira (13), após 28 dias de greve. A assessoria da empresa diz que não há atraso na entrega de encomendas.

O diretor regional dos Correios em Mato Grosso do Sul, João Rocha, informou ao G1 que serão iniciados, a partir deste fim de semana, mutirões de trabalho para que as entregas sejam normalizadas. Os trabalhadores deverão fazer horas extras e trabalhar em regime de escalas durante o fim de semana. “A decisão da Justiça prevê que os trabalhadores reponham, em regime de compensação, 21 dias dos 28 que ficaram em greve”, explicou Rocha.

No último mutirão realizado em Mato Grosso do Sul durante o feriado, nos dias 11 e 12, foram preparados para distribuição 370 mil objetos e entregues aproximadamente 200 mil correspondências.

O mutirão contou com a participação de 457 empregados. O atraso de um milhão de cartas foi contabilizado após este período. Ainda segundo o diretor regional dos Correios, serão necessários cerca de sete dias para normalizar as entregas no estado.

Já o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos de Mato Grosso do Sul (Sintect-MS), Alexandre Takashi, estima que serão necessárias pelo menos duas semanas para que as entregas sejam normalizadas. “Antes da paralisação, já havia uma deficiência nas entregas. O número de funcionários é pequeno em relação à carga de trabalho e o volume de entregas”, defendeu o trabalhador.

Decisão

Na última terça-feira (11), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou a volta ao trabalho dos funcionários dos Correios a partir desta quinta-feira (13), sob pena de multa. A proposta aprovada pelo tribunal prevê o desconto salarial, de uma só vez, de sete dias de trabalho e compensação de outros 21.

O TST fixou ainda o reajuste salarial da categoria em 6,87%, retroativo a 1º de agosto, além de aumento real de R$ 80 com validade a partir de 1º de outubro. (G1-MS)

 

Por: Da Redação