Mais de 300 trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul, eleitos para representar a categoria pelos 72 sindicatos afiliados a FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), estarão hoje (11), a partir das 14hs, na sede da Federação, em Campo Grande, para participar de uma Assembleia Geral que definirá se os professores aceitam ou não a política salarial do magistério da Rede Estadual de Ensino para 2013 proposta pelo Governo do Estado.
De acordo com o presidente da FETEMS, Roberto Magno Botareli Cesar, a proposta do Governo é a reposição da inflação, acumulada neste ano em 5,5%, além da incorporação de 15% da regência, que é uma gratificação que o professor recebe por estar em sala de aula. “Se a categoria acatar, com esses dois itens o salário-base, de inicio de carreira, irá de R$ 1.489 para R$ 1.807,34, lembrando que o compromisso do Governo do Estado também é o de contemplar, ainda, a política salarial nacional que está sendo debatida pela nossa Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) com o Ministério da Educação (MEC) e será anunciada em 2013”, afirma.
Roberto Botareli explicou que os professores continuarão recebendo os outros 20% de gratificação da regência e a partir de 2014 essa porcentagem será incorporada ao salário. “Nossa luta foi pela incorporação de 100% da regência, mas não obtivemos sucesso nas negociações com o Governo, conseguimos para 2014, mas avançamos em outros pontos, portanto a decisão será tomada pela categoria hoje, em Assembleia Geral, que é a nossa instância maior”, disse.
Situação Nacional
No início desse ano, cada aluno da rede pública custava aos cofres públicos R$ 2.096,68, após revisão publicada no Diário Oficial da União no mês passado, o custo caiu para R$ 2.091,37, isso comprova que nacionalmente a educação começa a sentir os reflexos das crises financeiras internacionais.
Segundo o presidente da FETEMS, mesmo o Governo de MS não atendendo os 100% de incorporação da regência no reajuste salarial do magistério, a política mostra avanços, já que em nível nacional o reajuste do custo aluno, que determina o valor do piso, começa a cair. “Com a queda do valor do custo aluno em 2012, por mais que a nossa Confederação, a CNTE, esteja na batalha em Brasília junto ao MEC, acendemos o sinal de alerta para o valor do reajuste do Piso Salarial Nacional em 2013, que é baseado de acordo com o custo aluno, portanto o cenário nacional nos mostra que tivemos avanços em MS nas negociações, pois conquistamos um reajuste acima da inflação, após a incorporação de parte da regência. Caberá a categoria decidir”, conclui.
Por: Da Redação